Um estudo retrospectivo de coorte na Califórnia incluiu 10.574 pacientes diagnosticados com câncer entre 1º de janeiro de 1990 e 31 de dezembro de 2012, com idade entre 15 e 39 anos e sobreviventes por pelo menos dois anos após o diagnóstico. Estes foram comparados (1:13) a uma coorte sem história de câncer (136.683).
Em ambas as coortes 64,8% dos pacientes eram do sexo feminino com mediana de idade 33 anos, na coorte sobrevivente 622 desenvolveram neoplasias secundárias (NMS) e na outra 3437 apresentaram a primeira neoplasia. A taxa de incidência (IRR) do desenvolvimento de NMS foi de 2,6 maior (IC 95%, 2,4-2,9) comparado a coorte sem história de câncer.
Pacientes que com história de câncer de mama, melanoma e câncer testicular apresentaram risco substancialmente elevado para NMS do mesmo órgão (IRR, 5,6; 11,2 e 16,2, respectivamente). O desenvolvimento de outro câncer de mama de histologia diferente ou lateralidade entre os sobreviventes de câncer de mama foi de 4,3, IRR ajustada. E ainda apresentaram risco elevado de subsequente câncer ovariano (aIRR, 5,3) e melanoma (aIRR, 2,95). O risco de desenvolver um NMS da mama foi elevado nos sobreviventes de linfoma e melanoma (aIRR, 2,31 e aIRR, 1,80, respectivamente).
Maior idade (30-39 anos), sexo feminino, estágio avançado no primeiro diagnóstico de câncer e uso de radioterapia (IRR, 1,50) foram associados com aumento do risco de NMS.
Sobreviventes de câncer que desenvolveram NMS tiveram uma taxa de mortalidade por todas as causas 7,2 vezes maior do que os sobreviventes sem NMS.
Este estudo sugere que o risco de NMS é elevado em adolescentes e adultos jovens sobreviventes de câncer e varia entre os subgrupos de sobreviventes.
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Editor científico: Paulo Cavalcanti
Redatora: Bruna Marchetti
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