Novas abordagens no tratamento e prevenção do câncer de mama: Destaques do Simpósio de São Antônio - Oncologia Brasil

Novas abordagens no tratamento e prevenção do câncer de mama: Destaques do Simpósio de São Antônio

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Dr. Andre Mattar, Diretor do Núcleo de Mastologia do Hospital da Mulher e Mastologista do Grupo Oncoclínicas-SP, compartilha os pontos principais apresentados no Simpósio de Câncer de Mama de São Antônio, com ênfase em dois estudos importantes

O primeiro estudo, chamado COMET, investigou o acompanhamento de pacientes com carcinoma ductal in situ (DCIS). As participantes foram randomizadas para receber cirurgia ou vigilância ativa. Os resultados mostraram que as taxas de recidiva, tanto invasiva quanto in situ, foram idênticas nos dois grupos. Esse dado sugere que, em casos de DCIS menos agressivos, como os de grau 1 e 2 com receptores hormonais positivos, um acompanhamento rigoroso pode ser uma alternativa viável à cirurgia, o que pode reduzir tratamentos desnecessários e melhorar a qualidade de vida das pacientes. O estudo foi publicado na JAMA e também incluiu uma avaliação da qualidade de vida, que mostrou resultados semelhantes entre os dois grupos. 

O segundo estudo abordado foi conduzido por Matteo Lambertini e analisou mais de 6.000 mulheres com mutação BRCA, investigando o impacto da cirurgia profilática na prevenção do câncer de mama. Os resultados indicaram que a cirurgia profilática aumentou o intervalo livre de doença e a sobrevida das pacientes, especialmente em mulheres jovens. Esse estudo retrospectivo destaca a importância da cirurgia preventiva como uma opção de prevenção para pacientes com risco elevado, embora seja difícil realizar esse tipo de estudo prospectivo. 

No geral, o Simpósio de Câncer de Mama de São Antônio trouxe à tona uma tendência crescente de reduzir tratamentos invasivos, como cirurgias e radioterapia, para pacientes com câncer de mama menos agressivo, ao mesmo tempo em que enfatiza a importância de estratégias de prevenção para pacientes com alto risco, como as portadoras da mutação BRCA. A redução de tratamentos agressivos e a escolha de alternativas menos invasivas têm ganhado força na prática clínica, com a possibilidade de um impacto positivo na qualidade de vida das pacientes. 

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