Combinação nivolumabe e ipilimumabe em 1ªL é segura para pacientes com comorbidades

O Dr. Mauro Zukin, oncologista clínico membro do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT), comenta os achados do estudo CHECKMATE 187 apresentado na 20ª World Conference on Lung Cancer, que acontece em Barcelona (Espanha), de 07 a 10 de setembro. A combinação do inibidor de checkpoint PD-1, nivolumabe, com o anticorpo monoclonal ipilimumabe mostrou um perfil de segurança consistente em populações especiais com câncer de pulmão de células não pequenas avançado (CPCNP).

A combinação nivo + ipi foi testada com relação a segurança e eficácia em dois grupos de pacientes que não haviam sido tratados previamente e, que além da neoplasia, apresentavam comorbidades como metástases cerebrais, doença renal e HIV. A coorte A1 consistiu em 198 pacientes com uma pontuação do PS 2 ou ECOG PS 0-1 do Eastern Cooperative Oncology Group com metástases cerebrais não tratadas assintomáticas, comprometimento hepático ou renal ou HIV. O outro grupo de pacientes (Coorte A) um total 391 com ECOG de PS 0-1.

Ambos os grupos de pacientes apresentaram taxas semelhantes de eventos adversos relacionados ao tratamento, mas a ORR foi de 25% na coorte A1 e 35% na coorte A. A sobrevida livre de progressão foi menor na coorte A1 do que na coorte A. Segundo Dr. Zukin, a combinação (nivo+ipi) é aceitável para a essa população, PS2, visto o perfil de toxicidade e eficácia.

A WCLC é a maior reunião do mundo dedicada ao câncer de pulmão e outras doenças malignas torácicas, cujo objetivo é aumentar o entendimento da doença e a colaboração no desenvolvimento e implementação de novas estratégias. Vários resultados de ensaios clínicos são apresentados entre 07 e 10 de setembro de 2019, e você pode acompanhar os principais em vídeos e textos no site oncologiabrasil.com.br/iaslc-19 e nas nossas redes sociais.