Decisões compartilhadas: a importância da interação oncologista-cirurgião para a melhor escolha da estratégia cirúrgica

A Dra. Paula Ugalde, cirurgiã torácica no Canadá e o Dr. Ricardo Oliveira, cirurgião torácico da Santa da Casa da Bahia comentam sobre os dados do estudo VIOLET apresentado hoje no Simpósio Presidencial da 20ª World Conference on Lung Cancer, que acontece em Barcelona (Espanha), de 07 a 10 de setembro.

O estudo britânico VIOLET comparou a lobectomia por videotoracoscopía (VATS) e por toracotomia em 503 pacientes com câncer de pulmão em nove centros no Reino Unido. A idade média dos pacientes foi de 69 anos e 49,5 por cento eram do sexo masculino e 50,5 por cento do sexo feminino.

Segundo Oliveira, o estudo tem destaque pela qualidade metodológica e coloca a cirurgia minimamente invasiva como standard em pacientes com câncer de pulmão estadio precoce. A prática de cirurgia minimante invasiva já é realidade no Brasil, e agora temos as métricas de seus benefícios como, menores taxas de complicações, menor tempo de hospitalização e menor dor pós-operatória, afirma Dra. Paula.

Isso foi alcançado sem comprometer os resultados oncológicos precoces (ressecção completa patológica e estadiamento dos linfonodos mediastinais), nem qualquer diferença nos eventos adversos graves no período pós-operatório precoce.

A 20ª Conferência Mundial da IASLC sobre Câncer de Pulmão (WCLC 2019), da Associação Internacional para o Estudo do Câncer de Pulmão (IASLC),é a maior reunião do mundo dedicada ao câncer de pulmão e outras doenças malignas torácicas, cujo objetivo é aumentar o entendimento da doença e a colaboração no desenvolvimento e implementação de novas estratégias. Vários resultados de ensaios clínicos são apresentados entre 07 e 10 de setembro de 2019, e você pode acompanhar os principais em vídeos e textos no site oncologiabrasil.com.br/iaslc-19 e nas nossas redes sociais.