Envelhecimento populacional: como nos prepararmos para um mundo de pessoas idosas?

A atual presidente da Associação Brasileira de Enfermeiros Auditores (ABEA), Helena Maria Romcy abordou sobre envelhecimento populacional e as consequências do processo para a saúde. As previsões do IBGE mostram que a população acima de 65 anos crescerá dos atuais 7% para 15% até 2046.

No cenário internacional de envelhecimento populacional, a enfermeira destacou a importância de programas de saúde direcionados a fornecer os cuidados necessários a oferecer uma boa qualidade de vida nos anos finais de uma população que viverá cada vez até idades mais avançadas.

Os avanços na medicina, tanto preventiva quanto anafilática, além de melhorias na produção e distribuição de alimentos e maior conscientização acerca de fatores de estilo de vida que podem evitar certas doenças são avanços que vêm permitindo uma expansão na expectativa de vida ao nascimento em todo o mundo.

De 64,2 anos em 1990, a expectativa média de vida subiu para 72,6 anos em 2019, e as projeções da ONU são de que até 2050 este crescimento se expanda, chegando a 77,1 anos.

O câncer, apesar de apenas mais uma das doenças crônicas que podem crescer em prevalência devido a esse número maior de idosos, traz a preocupação especial em relação à toxicidade dos tratamentos, que podem trazer consequências mais graves à saúde de pacientes já debilitados pela idade avançada e outras comorbidades.

“Temos de fazer alguma coisa, e pensar o futuro, já que não tivemos tempo de planejar a velhice do nosso povo brasileiro”, comenta Romcy.

A conferência da ISPOR Europa acontece de 02 a 06 de novembro de 2019 em Copenhague, Dinamarca e conta com mais de 5 mil líderes da área da saúde debatendo valor em saúde, perspectivas estratégicas com validade científica a nível mundial.