No último dia 16 de dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou brigatinibe (Evobrig ®) para o tratamento de câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) metastático com translocação do ALK (anaplastic lymphoma kinase) e previamente tratados.
O câncer de pulmão é o que mais mata no mundo, com incidência de 1,8 milhão de novos casos por ano. Segundo dados do INCA de 2018, no Brasil, o câncer de traqueia, brônquios e pulmão afetou mais de 31 mil pessoas, das quais estima-se que cerca de mil pacientes sejam CPCNP ALK+.
O tumor tem diferentes expressões e a mais comum é o câncer de pulmão de células não pequenas, que representa aproximadamente 85% a 90% de todos os casos. Em 5% desses quadros há um rearranjo genético do gene chamado quinase de linfoma anaplásico (ALK), que produz proteína ALK de maneira anormal e, dessa forma, origina o câncer no organismo.
Até então, a forma mais comum de tratamento era a terapia-alvo, mas metade dos pacientes sofre com o avanço da doença em menos de um ano, principalmente, com as metástases cerebrais em mais de 70% dos casos.
Brigatinibe que será comercializado no Brasil pela farmaceutica TAKEDA com o nome de Evobrig®, após a aprovação da câmara de regulação do mercado de medicamentos (CMED), atua como um inibidor do linfoma quinase anaplásico (ALK) e demonstrou no estudo ALTA – realizado para a aprovação do medicamento – ganhos de sobrevida livre de progressão da doença, em torno de 17 meses, trazendo uma nova perspectiva para os pacientes com esta condição.
Sobre o câncer de pulmão ALK+:
O câncer de pulmão de células não pequenas ALK+ representa um rearranjo em um gene chamado quinase de linfoma anaplásico (ALK). Esse rearranjo produz uma proteína ALK anormal, fazendo com que as células cresçam e se espalhem.A doença é mais comum em pacientes mais jovens do que a população geral de câncer de pulmão e sua causa não está associada ao tabagismo. Seus sintomas são tosse, falta de ar, rouquidão, perda de peso e dor no tórax ao respirar. No mundo, aproximadamente 40 mil pacientes convivem com a doença.
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