Apresentado na ASCO GU, O estudo fase II TALAPRO-1 recrutou aproximadamente 100 pacientes com câncer de próstata resistente a castração, que haviam recebido previamente uma ou duas linhas de terapia, sendo uma delas terapia hormonal, com doença mensurável e com mutação em algum gene relacionado ao reparo do DNA, entre eles ATM, ATR, BRCA1, BRCA2, CHEK2, FANCA, MLH1, MRE11A, NBN, PALB2 e RAD51C. Na análise apresentada, 81 pacientes receberam talazoparibe 1 mg/dia, via oral.
O desfecho primário consistia em taxa de resposta objetiva (TRO). A análise interina planejada de segurança e eficácia foi realizada após 20 pacientes com mutação BRCA 1/ 2 receberem no mínimo 8 semanas de tratamento. 43 pacientes foram analisados para o desfecho primário, sendo 20 com mutação de BRCA 1/2, 2 com mutação de PALB2, 14 com mutação de ATM e 7 com outra mutação.
A taxa de resposta objetiva foi de 25,6% (IC 95% 13,5-41,2) na população geral, de 50% para os pacientes com mutação de BRCA1/2 e de 7,1% para os que possuíam mutação de ATM. A análise sobrevida livre de progressão (SLP) baseada em achados radiográficos foi de 5,6 meses para a população geral e 8,2 meses para os pacientes com mutação de BRCA 1/ 2 e 3,5 meses para aqueles com mutação de ATM. Os efeitos adversos mais comuns relacionados ao tratamento foram anemia, náuseas, astenia, hiporexia, constipação e plaquetopenia.
Os autores concluem que talazoparibe monoterapia mostra uma encorajadora atividade anti-tumoral em pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração, principalmente naqueles com mutação de BRCA 1/ 2 e apresenta bom perfil de tolerância.
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