Estudo demonstra que o benefício é apropriado apenas para pacientes com câncer de rim em estágio inicial
A crioablação, um procedimento minimamente invasivo que congela e destrói as células cancerígenas, pode ser uma opção diferente da cirurgia para o tratamento do câncer renal em estágio inicial, segundo publicação recente na revista Radiology.
Um total de 134 pacientes foram submetidos à crioablação para câncer renal em estágio inicial e tiveram seus resultados ao longo de 10 anos comparados com os de pacientes que realizaram nefrectomia radical ou parcial.
A sobrevida doença-específica foi de 94% em 5 e 10 anos após o tratamento com crioablação, número comparável ao relatado após nefrectomia radical ou parcial. A sobrevida global após a crioablação percutânea foi de 86% e 72% em 5 e 10 anos, respectivamente. Embora as taxas tenham sido semelhantes, o risco de complicações significativas foi de 6% aproximadamente, comparado com 15% a 20% na nefrectomia, além de oferecer uma recuperação muito mais rápida. O estudo também indicou que a crioablação estava associada a um baixo risco de 10 anos de hemodiálise.
A crioablação é apropriada apenas para pacientes com câncer renal em estágio inicial, confinado ao rim e com até 4 cm de tamanho. No procedimento, um radiologista intervencionista insere uma agulha oca no tumor guiado por imagem. O gás argônio que circula pela agulha congela o tumor e uma pequena quantidade de tecido normal ao seu redor. O tumor morre e com o tempo se transforma em tecido cicatricial que é absorvido pelo organismo. É um procedimento ambulatorial que leva de 30 a 40 minutos para ser realizado. O paciente é mantido em observação por 3 horas e, em seguida, recebe alta para casa.
Referência:
Morkos J, Porosnicu Rodriguez KA, Zhou A, Kolarich AR, Frangakis C, Rodriguez R, Georgiades CS. Percutaneous Cryoablation for Stage 1 Renal Cell Carcinoma: Outcomes from a 10-year Prospective Study and Comparison with Matched Cohorts from the National Cancer Database. Radiology. 2020
https://pubs.rsna.org/doi/abs/10.1148/radiol.2020192325
Alameda Campinas, 579 – Jardim Paulista, São Paulo – SP, 01404-100
CEO: Thomas Almeida
Editor científico: Paulo Cavalcanti
Redatora: Bruna Marchetti
© 2020 Oncologia Brasil
A Oncologia Brasil é uma empresa do Grupo MDHealth. Não provemos prescrições, consultas ou conselhos médicos, assim como não realizamos diagnósticos ou
tratamentos.