O início da sala 02 do primeiro dia do IV ECIP Virtual foi marcado por discussões relacionadas à onco-hematologia. Dr. Carlos Eduardo Miguel, médico hematologista e Diretor do Instituto do Câncer do Hospital de Base de São José do Rio Preto, realizou a abertura do módulo, que também contou com palestras de Dr. Angelo Maiolino, Dr. Jorge Vaz Pinto Neto, Dr. Otávio Baiocchi, Dr. Renato Tavares e Dr. João Victor Feliciano.
Dr. Angelo Maiolino, Professor de Hematologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Coordenador de Hematologia do Américas Oncologia no Rio de Janeiro e Co-Chair do Grupo Brasileiro de Mieloma Múltiplo, ministrou duas aulas sobre mieloma múltiplo: tratamento em primeira linha; e tratamento da recaída/refratariedade.
Em relação ao tratamento em primeira linha, para o grupo de pacientes não elegíveis, existem três opções-padrão: VRd, Dara VMP e o Dara-RD. Além disso, há uma mudança importante na estratégia para pacientes idosos e mais frágeis, que deve envolver um tratamento de duração mais longa e doses ajustadas. Já nos casos de recaída/refratariedade, o hematologista comentou que esforços não devem ser poupados nos tratamentos iniciais e, portanto, o médico deve buscar o tratamento mais eficaz já na primeira linha.
Dr. Carlos Eduardo Miguel, na sequência, ministrou uma aula sobre o tratamento de primeira linha da leucemia linfoide crônica (LLC) para o qual há cada vez menos espaço para a quimioterapia, embora ainda exista indicação em casos de paciente “fit” e com deleção 17p e IgVH mutada. Ele acrescentou que a associação de venetoclax com um inibidor de BTK deve ser acompanhada com atenção, pois ainda existem estudos em andamento.
Para abordar os casos de recaída/refrateriedade de LLC, Dr. Jorge Vaz Pinto Neto, hematologista e hemoterapeuta, coordenador de TMO do Cettro, Consultor Científico da International Myeloma Foundation Latin America e Vice-Diretor Científico da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia Terapia Celular (ABHH – TC), falou sobre os fatores relacionados às características da doença (genética) e do paciente (comorbidades). Ele também ressaltou que, de forma geral, as novas drogas (iBTK e anti-BCL-2) são mais eficazes e menos tóxicas do que a imunoterapia, e que deleção do 17p permanece como um dos principais fatores de prognóstico adverso e continua como uma necessidade não atendida.
Dr. Otavio Baiocchi, Professor Associado e Chefe da Disciplina de Hematologia e Hemoterapia da UNIFESP, Coord. da Unidade de Linfoma e Mieloma Múltiplo do HAOC e Membro do Corpo Diretivo do ICB, em seguida, palestrou sobre o tratamento de primeira e segunda linhas do linfoma de Hodgkin.
Prof. Dr. Renato Sampaio Tavares, Hematologista e Professor Assistente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), discutiu sobre os recentes avanços no manejo das síndromes mieloproliferativas crônicas Ph negativo. Segundo o médico, o primeiro grande avanço na área foi a classificação em 2016 pela OMS: The updated WHO classification of hematological malignances.
Ao final do módulo, Dr. João Victor Feliciano, médico hematologista, responsável técnico pela unidade de Transplante de Medula Óssea (TMO) do complexo FUNFARME, abordou o papel da TMO na oncologia e mostrou alguns estudos sobre as células CAR-T e seus resultados atuais e para o futuro.
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