O Dr. Guilherme Harada, oncologista clínico do Hospital Sírio-Libanês, comentou sobre o estudo SAVANNAH apresentado na ELCC 2025 em Paris. Segundo o especialista, este estudo foi especialmente aguardado no Brasil, já que a resistência mediada por MET é um dos mecanismos mais comuns de escape ao Osimertinibe.
O estudo investigou a combinação de Savolitinibe, um inibidor seletivo de MET, com Osimertinibe, um anti-EGFR de terceira geração, em pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células (NSCLC) com mutação no EGFR, que progrediram após tratamento com Osimertinibe e apresentaram resistência mediada por MET.
Segundo Dr Harada, o estudo SAVANNAH envolveu pacientes com hiperexpressão de MET, definida por imunohistoquímica ou FISH, e os resultados foram promissores. A combinação de Savolitinibe e Osimertinibe demonstrou uma taxa de resposta objetiva de 56%, com respostas duráveis, mesmo após a progressão ao Osimertinibe. A duração mediana da resposta foi de 7,1 meses pela avaliação do investigador e 9,9 meses pela revisão central. A sobrevida livre de progressão foi de 7,4 meses, o que, segundo o Dr. Harada, representa um benefício clínico relevante para essa população de pacientes.
Em relação ao perfil de segurança, o especialista destacou que o tratamento com a combinação foi bem tolerado, com eventos adversos comuns, como edema periférico, náusea, diarreia e vômitos, mas sem sinais de novos riscos significativos. O Dr. Harada observou que o perfil de toxicidade é semelhante ao observado em outros inibidores de MET já aprovados, o que facilita a gestão desses efeitos no ambiente clínico.
Em sua conclusão, o Dr. Guilherme Harada afirmou que os dados do estudo SAVANNAH indicam que a combinação de Savolitinibe com Osimertinibe é uma estratégia viável e ativa para pacientes com NSCLC e resistência mediada por MET. Ele ressaltou a importância de integrar esses dados com outras estratégias já aprovadas, como o regime MARIPOSA 2, e a relevância da avaliação de biomarcadores para selecionar os pacientes que mais se beneficiariam dessa abordagem. O estudo fase 3 SAFFRON, que também está em andamento no Brasil, pode validar ainda mais essa combinação como uma opção terapêutica.
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