Inibidor das enzimas CDK4 e CDK6 passa a ter cobertura obrigatória pelos planos de saúde em associação com inibidores de aromatase ou com fulvestranto
Indicado para pacientes com câncer de mama avançado ou metastático, positivo para receptores hormonais e HER2 negativo, o abemaciclibe foi incorporado ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da Agência Nacional de Saúde (ANS). O medicamento deve ser associado a um inibidor de aromatase como terapia endócrina inicial ou com fulvestranto, um degradador seletivo do receptor de estrogênio (SERD).
Os estudos associando o inibidor enzimático com o SERD obtiveram dados relativos à sobrevida global (SG) na população com intenção de tratar. Essa SG foi de 46,7 meses no grupo da droga e 37,3 meses no grupo controle, demonstrando redução de 24% no risco relativo de morte. Vale ressaltar que em estágios avançados os avanços na SG são graduais e uma redução de 24% é significativa.
Em associação com o inibidor de aromatase, comumente utilizado como hormonioterapia pós–menopausa, o resultado foi de uma sobrevida livre de progressão (SLP) de 28,2 meses nos pacientes do grupo abemaciclibe e 14,8 meses nos pacientes do grupo controle, um aumento de 14 meses na SLP mediana. Isso representa um desenvolvimento importante para a terapêutica avançada do câncer de mama e, com a associação a medicamentos de uso já bem estabelecido, tem-se um melhor indício do comportamento da droga em uma população maior e mais heterogênea.
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