Dra. Daniela Dornelles Rosa, oncologista clínica no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, comenta sobre o uso do quimioterápico em vídeo.
Em novo vídeo, a Dra. Daniela Dornelles Rosa, oncologista clínica no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, falou sobre o uso do quimioterápico eribulina no tratamento do câncer de mama metastático HER2- e triplo negativo, após a primeira linha de tratamento.
A especialista inicia sua análise apresentando os subtipos do tumor que apresentam maiores riscos de metástase e recidiva. Em seguida, relata que, para definir se a mulher receberá hormonioterapia ou quimioterapia, é necessário observar a imuno-histoquímica do câncer, locais de metástases, estado de menopausa, tratamentos prévios, intervalo livre de doença e, por fim, as preferências da paciente.
No caso das portadoras de tumor de mama HER2-, a primeira opção de tratamento é a hormonioterapia. “Ela é oferecida com inibidor de aromatase associado a inibidor de ciclina. Já no triplo negativo, não dá para lançar mão da hormonioterapia”, afirma a oncologista.
Entre as novas classes de fármacos antineoplásicos, está a eribulina, um derivado de esponjas marinhas, análogo sintético da halicondrina B e inibidor de microtúbulos. O estudo de fase III EMBRACE, que levou à aprovação desse medicamento, mostrou os efeitos positivos da molécula.
A pesquisa contou com a participação de pacientes que tinham feito de duas a cinco quimioterapias anteriores, sendo pelo menos duas delas para doença avançada, com antraciclinas e taxanos. As voluntárias foram randomizadas para receber eribulina ou um tratamento de escolha do médico.
No fim da análise, os cientistas constataram um aumento de sobrevida global de 13,2 meses nas participantes que receberam o quimioterápico, enquanto o outro grupo alcançou 10,5 meses.
Um outro estudo, que utilizou dados de vida real, também revelou bons resultados. Ele foi realizado com 301 idosas acima de 70 anos, que já haviam feito de dois a quatro tratamentos prévios. A sobrevida global mediana chegou a 13 meses e a taxa de resposta foi de 23%.
Uma última pesquisa com 133 mulheres de várias idades revelou eficácia no mundo real semelhante a de ensaios clínicos, resultando em 14 meses de sobrevida global.
“Após antraciclinas e taxanos, a eribulina foi o único agente a mostrar aumento de sobrevida em terceira linha, com toxicidade extremamente manejável e um bom desempenho no mundo real, inclusive em pacientes idosas”, finaliza dra. Daniela.
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