Após ser aprovado pela ANVISA, isatuximabe tem seu preço estabelecido pela CMED. O medicamento é indicado em combinação com pomalidomida e dexametasona para pacientes com mieloma múltiplo recidivado e refratário que receberam pelo menos duas linhas prévias de terapias
Isatuximabe é um anticorpo monoclonal IgG1 que se liga a um epítopo extracelular específico do receptor CD38. Sua ligação medeia a morte das células tumorais que expressam CD38 por meio de múltiplos mecanismos.
A partir de dados do estudo ICARIA-MM, o isatuximabe em combinação com pomalidomida e dexametasona foi aprovado pela ANVISA em março de 2021 para o tratamento de pacientes com mieloma múltiplo recidivado e refratário que receberam pelo menos duas linhas prévias de terapias, incluindo lenalidomida e um inibidor de proteassoma. O isatuximabe também já foi aprovado neste cenário por outros órgãos regulatórios, como FDA e EMA. Mais recentemente, no dia 19 de outubro de 2021, a CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) estabeleceu o preço do isatuximabe e permitiu a sua comercialização no Brasil.
O estudo ICARIA-MM demonstrou uma sobrevida livre de progressão (SLP) significativamente melhorada com isatuximabe em combinação com pomalidomida e dexametasona (Isa-Pd) versus pomalidomida e dexametasona (Pd). A SLP por avaliação do comitê de revisão independente foi de 11,53 vs 6,47 meses, (HR: 0,596; IC de 95%, 0,436-0,814; P = 0,001), representando uma redução do risco de progressão de 40%, em favor de Isa-Pd. Quanto aos efeitos adversos (EAs), neutropenia foi o mais frequente no grupo Isa-Pd. Entretanto, o tratamento foi considerado seguro, sendo que os EAs não levaram a descontinuação do tratamento e nem a morte.
Em suma, o estudo ICARIA apresentou o benefício do uso de isatuximabe em combinação com pomalidomida e dexametasona no tratamento do mieloma múltiplo recidivado e refratário que receberam pelo menos duas linhas prévias de terapias.
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