Neste vídeo, Dr. William William, oncologista clínico de Tórax e Cabeça e Pescoço e professor adjunto associado do MD Anderson Câncer Center, e Dra. Fernanda Vaisman, médica endocrinologista especialista em Câncer de Tireoide e pesquisadora do INCA – RJ, se uniram para discutir sobre o carcinoma diferenciado de tireoide, e a importância e os benefícios do tratamento com lenvatinibe
O carcinoma de tireoide é a neoplasia maligna mais comum do sistema endócrino, sendo mais frequente em mulheres, ainda, na maioria dos casos ocorre entre pessoas de 25 a 65 anos de idade. O INCA – Instituto Nacional do Câncer estimou que, para o triênio 2023-2025, haverá 16.660 novos casos de carcinoma da glândula tireoide, sendo que deste número, a estimativa é que 14.160 dos novos casos ocorrerão em mulheres, representando o quinto tumor mais incidente em mulheres, e o sétimo mais incidente na população geral.
Segundo Dra. Fernanda, essa neoplasia tem tido uma incidência aumentada nos últimos anos, e as estatísticas também têm mostrado um aumento das incidências das formas agressivas deste tumor, entretanto, a causa deste aumento não é conhecida. Sendo assim, é necessário entender melhor sobre esta neoplasia para garantir o melhor tratamento para cada tipo de paciente.
O carcinoma de tireoide é dividido em três tipos. Os carcinomas diferenciados são os tipos mais frequentes, que, por sua vez, são subdivididos entre o papilífero (de 50% a 80% dos casos), o folicular (de 15% a 20% dos casos) e o de célula de Hürthle. Os outros tipos são os carcinomas pouco diferenciados (cerca de 10% dos casos) e os indiferenciados (também cerca de 10%).
Neste vídeo, os especialistas discutem questões como a incidência do carcinoma diferenciado de tireoide, passando pelos princípios básicos do tratamento ao diagnóstico e como o oncologista lida com o paciente refratário a primeira linha de tratamento, ou seja, aquele paciente que progride após o uso da iodoterapia.
Os especialistas também se aprofundam no algoritmo de tratamento do paciente com câncer diferenciado da tireoide refratário ao iodo. Neste cenário, o lenvatinibe é uma importante opção, já que demonstrou ganhos significativos de sobrevida livre de progressão e taxa de resposta em um estudo randomizado de fase 3, com um perfil de efeitos adversos toleráveis.
Apesar de já aprovado pela Anvisa desde 2016, os pacientes do sistema suplementar de saúde, ou seja, os beneficiários dos planos de saúde, ainda não têm acesso ao lenvatinibe. Para que este medicamento fique disponível para os pacientes é necessário que ele seja incluído no Rol da Agência Nacional de Saúde (ANS), e em breve será aberta uma consulta pública para avaliar a inclusão ou não deste medicamento no Rol.
Confira o vídeo para entender melhor sobre o carcinoma diferenciado de tireoide, tanto na visão da endocrinologia quanto da oncologia, e entenda as necessidades clínicas que acompanham esse tipo de tumor. Vale a pena conferir o conteúdo completo!
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