Estudo de fase II com coorte de diferentes tumores primários demonstra benefício intracranial da administração de pembrolizumabe
Metástases cerebrais compreendem um tipo de complicação clínica que atrela ao curso oncológico piores desfechos e limitadas opções terapêuticas, sendo frequentemente excluído dos clinical trials de imunoterapia, tornando os efeitos dessa terapia nesse contexto incerta e inconclusiva. Priscilla Kaliopi Brastianos e colaboradores se propõem, portanto, a investigar a eficácia intracranial de pembrolizumabe (anti-PD1) em pacientes com diferentes tumores, a saber: mama (n = 35), CPNPC (n = 7), melanoma (n = 2), CPCP (n = 2), sarcoma (n = 2) e outros (n=9).
O estudo atingiu seu endpoint primário de benefício intracranial (benefício de pelo menos 8 pacientes dentre os 52 avaliados) com taxa de benefício de 42,1% (90%CI: 31-54%), tendo 7 pacientes (mama, melanoma e sarcoma) alcançado benefícios prolongados acima de 2 anos. Com relação ao benefício extracranial, a taxa foi de 45% (90% CI: 31-59%) e a mediana de sobrevida global de 8 meses (90%CI: 5,5-8,7). Referente às toxicidades, 13 pacientes descontinuaram o tratamento devido a toxicidades, cabendo destaque a dois casos de edema cerebral grau 4.
O presente estudo clínico de fase II fortalece investigações futuras do uso de pembrolizumabe em cenários de metástase cerebral, sendo esse imunoterápico potencialmente capaz de trazer benefícios intracraniais a esse subgrupo de pacientes de pior prognóstico.
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Editor científico: Paulo Cavalcanti
Redatora: Bruna Marchetti
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