PemCab demonstra eficácia e segurança favoráveis em primeira linha no tratamento de carcinoma urotelial metastático e inelegível à quimioterapia
Carcinomas uroteliais avançados têm como tratamento padrão a quimioterapia à base de platina, no entanto, mais de 50% dos pacientes não são elegíveis para esse esquema terapêutico. Essa inelegibilidade torna esses pacientes um grupo de pior prognóstico e, mesmo com a aprovação do pembrolizumabe (anti-PD-1) em primeira linha a taxa de progressão ainda é alta. Esse contexto alerta para uma necessidade clínica não atendida. Como forma de se melhorar os desfechos clínicos, a adição de cabozantinibe (inibidor de receptores tirosina quinase – VEGF, MET entre outros) ao regime com o imunoterápico se torna uma opção interessante cuja eficácia e segurança é avaliada no estudo de fase II – PemCab.
O estudo incluiu e avaliou 35 pacientes com carcinoma urotelial metastático tratados em primeira linha com pembrolizumabe + cabozantinibe. Com mediana de follow-up de 14,4 meses (95%CI: 12,2-16,2), o endpoint primário do estudo foi a avaliação da taxa de resposta objetiva, onde 15 (42,8%) pacientes apresentaram resposta, sendo 5 (14,3%) respostas completas, 10 (28,6%) doenças estáveis, resultando em uma taxa de controle da doença de 68,5% (25/35). Com relação à sobrevida livre de progressão, a mediana obtida foi de 7,7 meses (95%CI: 4,2-11,2). O perfil de segurança se mostrou manejável mesmo com 44% dos pacientes tendo desenvolvido toxicidades graus 3/4.
Em suma, o estudo demonstra aplicação promissora de pembrolizumabe + cabozantinibe em primeira linha no tratamento de pacientes portadores de carcinoma urotelial metastático inelegíveis à quimioterapia.
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