Critério permite a avaliação de resposta em gliomas de alto e baixo grau, permitindo maior comparabilidade e confiabilidade nas avaliações entre estudos clínicos visando melhora no avanço de terapias mais efetivas nesse contexto
Os gliomas são as malignidades mais comuns envolvendo SNC, no entanto, o desenvolvimento de terapias efetivas segue lento, e assim continua sendo uma necessidade clínica não atendida. A fim de se melhorar a comparabilidade e confiabilidade nas avaliações de respostas entre os clinical trials envolvendo esses tumores, o The Response Assessment in Neuro-Oncology (RANO) Working Group elaborou critérios de resposta para gliomas de alto e baixo grau que foram sendo modificados e atualizados ao longo do tempo incorporando, inclusive, critérios de resposta à imunoterapia.
Publicado no Journal of Clinical Oncology (2023) o grupo apresenta as atualizações do critério, a saber: RANO 2.0, incorporando dados de avaliações tanto do RANO original quanto de suas variações (modified RANO e immunotherapy RANO), sendo de extrema importância para atualização de oncologistas clínicos e para a melhora no delineamento e avaliação de clinical trials.
Dentre seus aspectos mais relevantes, destaca-se a recomendação de que se tenha um conjunto padrão de critérios para gliomas de alto e baixo grau, a serem utilizados em TODOS os estudos clínicos independentemente da modalidade de tratamento em avaliação. Do ponto de vista diagnóstico, prevê-se a utilização da imagem de ressonância magnética (MRI) pós-radioterapia como baseline para comparação com as demais imagens. Outra atualização importante abordada é com relação à pseudoprogressão. Dado que a maior incidência desse desfecho ocorre nas primeiras 12 semanas após radioterapia, a progressão tumoral só será determinada mediante repetição da ressonância magnética ou evidências inequívocas de recorrência tumoral. O critério avalia, ainda, demais aspectos como, medidas primárias (área do tumor transversal em duas dimensões) dentre outros.
De certo, a atualização do critério permite não só a maior reprodutibilidade de avaliações entre estudos, como incorpora avanços tecnológicos e endpoints relevantes e favoráveis aos estudos clínicos a serem delineados. Vale a pena conferir!
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