Reativação de Hepatite com imunoquimioterapia em pacientes com Linfoma

O risco de reativação do vírus da hepatite B (HBV) foi avaliado em pacientes com linfoma não Hodgkin (LNH) com infecção resolvida (antígeno de superfície da hepatite B negativo, anticorpo antinúcleo positivo) que receberam imunoquimioterapia contendo obinutuzumabe ou rituximabe nos estudos da fase 3 GOYA e GALLIUM. A monitorização do DNA viral foi realizada mensalmente até 1 ano após a última dose do fármaco em estudo. No caso de reativação do HBV, a imunoquimioterapia era suspensa e o tratamento preemptivo iniciado. A imunoquimioterapia era reiniciada se o DNA do HBV se tornasse indetectável ou a reativação não fosse confirmada, e era descontinuada se o DNA viral excedesse 100 IU/mL.

Entre 326 pacientes, 27 (8,2%) tiveram reativação do HBV na mediana de 125 dias (85-331 dias) após a primeira dose. Noventa e quatro pacientes receberam tratamento profilático; 2 (2,1%) tiveram reativação do HBV. Em 232 pacientes sem tratamento profilático, 25 (10,8%) tiveram reativação do HBV; todos receberam tratamento preemptivo. Nenhum paciente desenvolveu hepatite relacionada ao HBV. Na análise multivariada de Cox, o DNA-HBV detectável no início do estudo estava fortemente associado a um aumento do risco de reativação (HR, 18,22; P <0,0001). O tratamento profilático foi fortemente associado com um risco reduzido (HR, 0,09; P = 0,0018). O tratamento preemptivo guiado pelo monitoramento do DNA viral foi eficaz na prevenção da hepatite relacionada ao HBV durante a imunoquimioterapia contendo anti-CD20 em pacientes com LNH. A profilaxia antiviral também foi eficaz e pode ser apropriada para pacientes de alto risco.

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