Neste vídeo, o Dr. Toshinari Yamashita, gerente do departamento médico de cirurgia e oncologia mamária no Kanagawa Cancer Center, discute os resultados da análise de subgrupo do estudo DESTINY-04, que demonstram o ganho de sobrevida livre de progressão e sobrevida global com o uso de T-DXd em pacientes com perfil ER IHC 1-10%. Acesse e confira na íntegra!
O trastuzumabe deruxtecano (T-DXd) trata-se de um anticorpo conjugado a uma droga formado por um anti-HER2 e um inibidor de topoisomerase I, respectivamente. Esse fármaco foi previamente aprovado para o tratamento de pacientes com câncer de mama HER2+ como terapia-alvo. Contudo, diante do fato de 60% dos tumores de mama metastático HER2- expressarem baixos níveis desse receptor, o estudo DESTINY-Breast04 avaliou a eficácia dessa terapia em casos HER2-low. Os pacientes classificados como HER2-low representam uma população altamente heterogênea, pois podem apresentar tumores com receptor de hormônio positivo ou receptor de hormônio negativo, o que implica em variações prognósticas e de sensibilidade à terapia.
Diante desta heterogeneidade, na qual os tumores de mama com receptores de hormônio negativo (IHC-1-10%) podem mimetizar o comportamento clínico de tumores triplo-negativo, a análise de subgrupo do estudo DESTINY-Breast04 foi baseada em pacientes com ER IHC 0% e ER IHC 1-10%. O delineamento do estudo contou com pacientes com câncer de mama metastático HER2-low previamente tratado em 1 ou 2 linhas de quimioterapia, randomizados 2:1 em T-DXd e TPC (quimioterapia à escolha do clínico).
Para análise de subgrupos, foram avaliados 110 pacientes (ER IHC 0% n=58; ER IHC 1-10% n=52). Pacientes ER IHC 1-10% tratados com T-DXd (n=35) apresentaram maior sobrevida livre de progressão (SLP) com mediana de 8,4 meses vs. 2,6 e TPC, obtendo-se um hazard ratio de 0,24 (95%CI: 0,12-0,48), além de uma maior sobrevida global (SG) cujo hazard ratio foi de 0,35 (95%CI: 0,16-0,75). Na população ER IHC 0% o trastuzumabe deruxtecano foi igualmente superior ao TPC. Com relação às toxicidades no subgrupo total ER IHC 0-10%, 53,3% em T-DXd e 75% em TPC experienciaram eventos adversos relacionados ao tratamento iguais ou superiores ao grau 3.
Dessa forma, as análises de subgrupo demonstram ganho de sobrevida global e sobrevida livre de progressão em pacientes com câncer de mama metastático HER2-low/ER IHC 1-10% tratados com T-DXd em relação ao TPC, com perfil de segurança manejável.
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