A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou hoje uma nova estratégia para tratamento de câncer de rim metastático. Já aprovada no início do ano nos EUA pela agência regulatória americana Food and Drug Administration (FDA), a combinação, em primeira linha, do agente anti-PDL1 avelumabe ao inibidor de VEGFR axitinibe levou a aumento de sobrevida livre de progressão em comparação a sunitinibe, no estudo JAVELIN Renal 101.
O estudo de fase III, apresentado no ASCO Genitourinary Symposium e publicado no NEJM, randomizou 886 pacientes com câncer de rim avançado e sem tratamento prévio para tratamento com avelumabe 10 mg/kg a cada duas semanas, associado a axitinibe 5 mg duas vezes ao dia, ou tratamento padrão com sunitinibe.
A avaliação dos desfechos primários de sobrevida livre de progressão e sobrevida global nos pacientes com tumores que expressam PD-L1 revelou um ganho significativo de 7,2 meses para 13,8 meses, beneficiando o grupo da combinação (HR 0,61; IC 95% 0,47-0,79; p < 0,001). O grupo de axitinibe e avelumabe também apresentou maior chance de resposta objetiva, com taxa de 55,2% em comparação 25,5% com sunitinibe. Já as taxas de eventos adversos mostraram-se muito similares entre os dois grupos.
Diante desses resultados, a aprovação da ANVISA representa uma nova e importante opção de tratamento para pacientes brasileiros com câncer de rim metastático, tornando-se mais uma estratégia eficaz e segura disponível aos oncologistas da área.
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