Dr. Marcelo Cruz, do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, comenta sobre a aprovação de larotrectinibe de forma acelerada pelo FDA. Larotrectinibe é um inibidor de tirosina quinase, e sua aprovação reforça a possibilidade de se tratar o câncer independente do sítio de origem, ou histologia do tumor primário – pois foi concedida a diversos tipos de tumores (tais como alguns tipos de câncer de pâncreas, mama, colorretal, tireoide, sistema nervoso central e pulmão) desde que estes tumores possuam uma mesma aberração genômica – no caso, uma fusão do gene NTRK (tirosina quinase do receptor neurotrófico).
Com isto, reforça-se a ideia de se tratar sistemicamente tumores com base em suas alterações genômicas e não mais de acordo com o órgão de origem. O desafio na prática clínica será o rastreamento desta aberração – o que pode ser feito por imuno-histoquímica, FISH e NGS – uma vez que a identificação dos pacientes passíveis de tratamento com larotrectinibe podem obter grande benefício terapêutico com o medicamento, tais como taxas de resposta superiores a 60% mesmo em pacientes previamente tratados.
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