Os benefícios de eficácia foram observados em todos os subgrupos pré-especificados e o perfil de segurança do avelumabe foi consistente com estudos anteriores em monoterapia
As sobrevidas livre de progressão (SLP) e global (SG) em pacientes com câncer urotelial avançado geralmente são curtas devido à resistência à quimioterapia. Dr. Fabio Schutz, oncologista clínico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, aborda os resultados do estudo de fase 3 JAVELIN Bladder 100, que avaliou o avelumabe (anti-PD-L1) como terapia de manutenção após resposta ou doença estável com quimioterapia à base de platina em primeira linha.
Foram incluídos 700 pacientes que estavam sem progressão da doença após 4-6 ciclos de gemcitabina com cisplatina ou carboplatina, randomizados para manutenção com avelumabe + melhor terapia de suporte clínico (BSC) (n = 350) ou BSC somente (n = 350). Eles foram acompanhados por uma mediana de 19,6 e 19,2 meses, respectivamente.
No geral, 358 (51%) tinham tumores PD-L1 +. Avelumabe + BSC prolongou significativamente a SG versus BSC isoladamente em todos os pacientes randomizados (HR 0,69; p unilateral = 0,0005), com SG mediana de 21,4 versus 14,3 meses, respectivamente. Avelumabe + BSC também prolongou significativamente a SG versus BSC somente em pacientes com tumores PD-L1 + (HR 0,56; p unilateral = 0,0003, 44%). SG mediana não foi atingida versus 17,1 meses (melhor terapia de suporte), respectivamente.
Eventos adversos (EAs) de qualquer causalidade foram relatados em qualquer grau em 98,0% versus 77,7% e em grau ≥3 em 47,4% versus 25,2% dos pacientes tratados com avelumabe + BSC e BSC somente. EAs de grau ≥3 mais frequentes foram infecção do trato urinário (4,4% vs 2,6%), anemia (3,8% vs 2,9%), hematúria (1,7% vs 1,4%), fadiga (1,7% vs 0,6 %) e dor nas costas (1,2% vs 2,3%).
O JAVELIN Bladder 100 alcançou seu objetivo principal, demonstrando SG significativamente prolongada com a manutenção com avelumabe + BSC em primeira linha versus BSC somente em pacientes com câncer urotelial avançado. Os benefícios de eficácia foram observados em todos os subgrupos pré-especificados e o perfil de segurança do avelumabe foi consistente com estudos anteriores em monoterapia.
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J Clin Oncol 38: 2020 (suppl; abstr LBA1)
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