Resultados anteriores já haviam demonstrado que a enzalutamida melhorou significativamente a sobrevida livre de metástases e, durante a ASCO 2020, o estudo PROSPER demonstrou também aumento da sobrevida global em nmCRPC
Resultados finais de sobrevida global do estudo PROSPER foram apresentados durante o ASCO 2020 Virtual Annual Meeting, com publicação simultânea no New England Journal of Medicine.
Trata-se de estudo de fase 3, duplo-cego, que recrutou homens com câncer de próstata não-metastático e resistente à castração (definido com base em imagens convencionais e um tempo de duplicação do PSA de ≤ 10 meses), que continuavam recebendo terapia de privação androgênica.
Eles foram randomizados na proporção de 2:1 para receber enzalutamida na dose de 160 mg/dia ou placebo uma vez ao dia. A sobrevida global mediana foi de 67,0 meses (intervalo de confiança de 95% [IC], 64,0 a não atingido) no primeiro grupo e 56,3 meses (IC de 95%, 54,4 a 63,0) no segundo grupo (hazard ratio para morte, 0,73; 95% IC, 0,61 a 0,89; P = 0,001).
Importante mencionar que a sobrevida global foi avaliada pelo procedimento de teste sequencial em grupo e pela função de gasto alfa do tipo O’Brien-Fleming.
Entre os 933 pacientes do grupo enzalutamida, 288 (31%) morreram; e 178 de 468 (38%) do grupo placebo. A taxa ajustada à exposição de EAs de grau 3 ou superior foi de 17 por 100 pacientes-ano e 20 por 100 pacientes-ano, respectivamente. Os eventos adversos mais frequentes no grupo enzalutamida foram fadiga e musculoesqueléticos, consistentes com os relatos anteriores.
Resultados Anteriores
Na publicação de 2018 no New England Journal of Medicine, o estudo PROSPER alcançou seu objetivo primário de sobrevida livre de metástase (SLM), demonstrando uma redução significativa no risco de desenvolver metástase ou morte com enzalutamida mais ADT em comparação com o ADT sozinho em homens com câncer de próstata não metastático resistente à castração (HR = 0,29 [IC 95%: 0,24-0,35]; p <0,001).
A SLM foi medida como o tempo entre os pacientes que entraram no estudo e o câncer que foi detectado radiograficamente à distância ou até a morte, dentro de 112 dias após a descontinuação do tratamento.
Conclusão
A terapia com privação androgênica e enzalutamida resultou em sobrevida global mediana mais longa do que a privação androgênica mais placebo entre homens com câncer de próstata não metastático resistente à castração e com nível de PSA de rápido aumento. O risco de morte associado à enzalutamida foi 27% menor que o placebo. Os eventos adversos foram consistentes com o perfil de segurança estabelecido da enzalutamida.
Referência:
Shore ND, Giorgi U De, Ph D, Penson DF, Ferreira U, Ph D, et al. Enzalutamide and Survival in Nonmetastatic, Castration-Resistant Prostate Cancer. 2020;1–10.
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Redatora: Bruna Marchetti
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