ASH 2024: Principais avanços no tratamento do mieloma múltiplo - Oncologia Brasil

ASH 2024: Principais avanços no tratamento do mieloma múltiplo

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Neste vídeo, Dr. Marcelo Capra, Coordenador do Serviço de Hematologia e Oncologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição, apresenta os resultados de três estudos sobre o tratamento de mieloma múltiplo. Acesse e confira na íntegra! 

 

De 7 a 10 de dezembro de 2024, San Diego, na Califórnia, está sendo o palco do 66ª Congresso Americano de Hematologia (ASH). O evento é um dos mais importantes da área, reunindo especialistas de todo o mundo para discutir avanços científicos, estudos clínicos inovadores e novas abordagens terapêuticas. 

Neste vídeo, o Dr. Marcelo Capra apresenta três estudos sobre o tratamento do mieloma múltiplo que foram destaque no Congresso. O primeiro deles é o estudo GMMG-HD7, realizado por um grupo alemão, que avaliou a combinação de isatuximabe + VRd em comparação com VRd seguido de transplante e uma segunda randomização com isatuximabe + lenalidomida ou lenalidomida monoterapia. A análise de sobrevida livre de progressão (SLP) mostrou uma vantagem significativa para o grupo que recebeu isatuximabe + VRd, com uma taxa de 83%, contra 75% no grupo VRd. O risco de progressão ou morte foi reduzido em 30% no grupo com isatuximabe e essa melhora foi consistente em diversos subgrupos, destacando a importância da adição do anti-CD38 já na indução. 

O segundo estudo trata-se de uma meta-análise realizada por um grupo brasileiro que combinou dados de quatro estudos que utilizaram daratumumabe (Dara) em combinação com terapias triplas como VTd ou VRd. Este estudo mostrou uma melhora significativa na sobrevida global, com uma redução de risco de progressão ou morte de 40%, indicando que a adição de daratumumabe na indução pode trazer benefícios aos pacientes. 

 

Por fim, um estudo realizado por um grupo francês avaliou um grupo mais frágil de pacientes com mieloma múltiplo, ou seja, pacientes com mais de 80 anos ou com comorbidades graves. Foram comparadas as combinações de daratumumabe + lenalidomida versus dexametasona + lenalidomida (esquema Rd clássico) e observou-se uma significativa melhora na sobrevida livre de progressão e na sobrevida global, com uma redução de 49% no risco de progressão ou morte no grupo sem dexametasona. Este estudo reforçou a importância de suspender precocemente a dexametasona, que tem mostrado ser altamente tóxica, especialmente para pacientes mais frágeis. 

 

Referências: 

Goldschmidt H, Bertsch U, Pozek E, et al. Isatuximab, Lenalidomide, Bortezomib and Dexamethasone Induction Therapy for Transplant-Eligible Patients with Newly Diagnosed Multiple Myeloma: Final Progression-Free Survival Analysis of Part 1 of an Open-Label, Multicenter, Randomized, Phase 3 Trial (GMMG-HD7). Abstract: 769. Session: 654. Multiple Myeloma: Pharmacologic Therapies: Refining the Evidence: Randomized Trials in Multiple Myeloma. Presented at the 66th Annual Meeting of the American Society of Hematology; 2024 Dec 9; San Diego, CA.   

Souto Filho JTD, Cantadori LO, Crusoe EQ, et al. Daratumumab-Based Quadruplet Versus Triplet Induction Regimens in Frontline Transplant-Eligible Newly Diagnosed Multiple Myeloma: A Systematic Review and Meta-Analysis. Abstract: 258. Session: 653. Multiple Myeloma: Clinical and Epidemiological: Addressing Hematologic and Immune Toxicities and the Status of Quad Therapies. Presented at the 66th Annual Meeting of the American Society of Hematology; 2024 Dec 7; San Diego, CA.   

Manier S, Lambert J, Hulin C, et al. The IFM2017-03 Phase 3 Trial: A Dexamethasone Sparing-Regimen with Daratumumab and Lenalidomide for Frail Patients with Newly-Diagnosed Multiple Myeloma. Abstract: 774. Session: 654. Multiple Myeloma: Pharmacologic Therapies: Refining the Evidence: Randomized Trials in Multiple Myeloma. Presented at the 66th Annual Meeting of the American Society of Hematology; 2024 Dec 9; San Diego, CA.   

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