Este estudo avaliou dados autorreportados e avaliações clínicas de 3085 sobreviventes, visando sintomas físicos, neurocognitivos e psicológicos, a fim de identificar grupos de pacientes com sintomas semelhantes.
Visto que associar padrões de sintomas com os desfechos clínicos é uma ferramenta útil para manejar pessoas sobreviventes de câncer de alto-risco, este estudo teve como o principal foco distinguir agrupamentos de sintomas e associá-los à qualidade de vida dos indivíduos.
Este estudo transversal incluiu 3.085 sobreviventes (média de idade na avaliação 31,9 ± 8,3 anos; média de anos desde o diagnóstico 28,1 ± 9,1) participantes do St. Jude Lifetime Cohort Study. Os sobreviventes relataram a presença de 37 sintomas, abrangendo 10 domínios (cardíaco, pulmonar, sensorial, motor/movimento, náusea, dor, fadiga, memória, ansiedade e depressão). A análise de classes latentes identificou subgrupos de sobreviventes com diferentes padrões de carga de sintomas (ou seja, grupos de sintomas). Modelos de regressão multivariada identificaram o risco de associação ao cluster e testaram associações com resultados de saúde.
Como resultados, foram encontrados quatro principais agrupamentos de sintomas:
Comparado ao Grupo 1, sobreviventes no Grupo 4 apresentaram:
Sobreviventes no Grupo 3 apresentaram:
Sobreviventes Grupo 4 reportaram o pior escore físico e mental, assim como performances neurocognitivas e físicas mais baixas de acordo com a avaliação médica, em comparação com os demais grupos (p < 0,01).
Sendo assim, aproximadamente 50% dos indivíduos que sobreviveram ao câncer infantil apresentaram um fardo multissintomático moderado a elevado, o que foi associado a fatores sociodemográficos, de tratamento, à qualidade de vida e a desfechos funcionais.
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CEO: Thomas Almeida
Editor científico: Paulo Cavalcanti
Redatora: Bruna Marchetti
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