Atualização do INAVO120: Ganho de sobrevida e controle de doença prolongado com Inavolisibe - Oncologia Brasil

Atualização do INAVO120: Ganho de sobrevida e controle de doença prolongado com Inavolisibe

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Direto da ASCO® 2025, o Dr. Aumilto Silva, oncologista do Hospital Santa Catarina – Paulista, Coordenador do Centro de Estudo e Pesquisa e Sub-Coordenador e Preceptor da Residência de Oncologia Clínica, comentou os dados atualizados do estudo de fase 3 INAVO120, voltado para pacientes com tumores luminais e quadro de endocrinoresistência

 

Segundo o especialista, o estudo avaliou uma população com mutação PIK3CA e recidiva precoce à hormonoterapia, comparando o uso de uma terapia tripla (fulvestranto, palbociclibe e inavolisibe) com uma dupla padrão (fulvestranto e palbociclibe com placebo). 

“O dado de PFS já era positivo, mas o que vimos hoje foi um ganho robusto também em sobrevida global,” comenta o Dr. Aumilto. A mediana de PFS foi de 17 meses no braço com inavolisibe versus 7,3 meses no braço controle (HR 0,42). Já a sobrevida global alcançou 34 meses contra 27 meses, com um hazard ratio de 0,67. Além disso, observou-se uma taxa de resposta objetiva de 62% no braço triplo, em comparação com 28% no braço controle. Outro ponto relevante foi o tempo até início de quimioterapia, que foi de 36 meses com a combinação contendo inavolisibe versus apenas 12 meses com o tratamento padrão. 

No entanto, o oncologista ressalta a importância do manejo dos efeitos adversos associados ao uso do inibidor de PI3K: “O especialista enfatiza que o perfil de toxicidade exige atenção, especialmente para eventos como hiperglicemia, estomatite e olho seco.” A necessidade de uma abordagem multidisciplinar para controle dos efeitos colaterais foi destacada como um dos pilares para viabilizar a incorporação segura da nova terapia na prática clínica. 

Por fim, Dr. Aumilto lembra que o estudo não incluiu pacientes previamente tratados com inibidores de CDK4/6 na adjuvância, o que limita parte da aplicabilidade imediata, mas reforça a relevância da estratificação por resistência endócrina e risco tumoral. “Hoje, entendemos que subgrupos bem definidos nos tumores luminais são fundamentais para decisões terapêuticas mais eficazes e com foco também em qualidade de vida,” conclui o especialista. As terapias combinadas, em especial as triplas, tendem a se consolidar como novo padrão para essa população de alto risco. Não deixe de assistir ao vídeo completo! 

 

 

 Referências:  

 

Jhaveri K, Beck JT, Petroni GR, et al. INAVO120: Randomized phase III study of inavolisib + palbociclib + fulvestrant vs placebo + palbociclib + fulvestrant in PIK3CA-mutant, HR+/HER2– advanced breast cancer after recurrence on or within 12 months of adjuvant endocrine therapy. J Clin Oncol. 2025;43(16_suppl):LBA1000. Available from: https://meetings.asco.org/abstracts-presentations/244382 

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