Avaliação retrospectiva da eficácia de enfortumabe vedotina em pacientes com carcinoma urotelial avançado tratados e refratários ao avelumabe de manutenção - Oncologia Brasil

Avaliação retrospectiva da eficácia de enfortumabe vedotina em pacientes com carcinoma urotelial avançado tratados e refratários ao avelumabe de manutenção

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Análise retrospectiva do estudo UNITE demonstra consistência entre os desfechos independente da terapia de manutenção, sustentando o Enfortumabe Vedotina como 3ª linha de tratamento após progressão 

 

O carcinoma urotelial avançado é uma doença altamente agressiva e geralmente incurável de modo que a maioria dos pacientes apresentam progressão às principais linhas, quimioterapia à base de platina e imunoterapia com inibidores de checkpoints, demandando outras linhas terapêuticas sistêmicas. Atualmente, no contexto dos carcinomas uroteliais avançados, a manutenção com avelumabe (anti-PD-L1) em primeira linha é uma realidade; no entanto, o enfortumabe vedotina (EV), anticorpo monoclonal anti-nectina-4, desponta como opção terapêutica, já aprovada, para o grupo de pacientes que progridem às linhas padrão. 

O estudo clínico de fase III, UNITE, tendo em vista a manutenção com avelumabe, avalia retrospectivamente o desfecho de pacientes tratados com enfortumabe vedotina após a manutenção com avelumabe. Foram incluídos 663 pacientes que receberam quimioterapia à base de platina, seguido de manutenção com avelumabe e que subsequentemente receberam enfortumabe vedotina em monoterapia, sendo a mediana de tempo do início da quimioterapia até o início do EV de 8,5 meses (3,9-21,2)  

Como avaliação de desfechos, a taxa de resposta observada foi de 54%, sendo a mediana de sobrevida livre de progressão (SLP) e sobrevida global (SG), a partir do início do EV, de 7 meses (95%CI: 5,8-13,3) e 13,3 meses (95%CI: 10,8-NR), respectivamente. Quando avaliada a SLP2 do início da quimioterapia até a progressão após início da EV ou óbito, a mediana obtida foi de 17,5 meses (95%CI: 15,2-22,5) e a SG a partir do início da quimioterapia de 22,5 meses (95%CI: 18,6-NR). Até a data de cutoff, 29% dos pacientes seguiam em tratamento com EV. 

Os resultados apresentados sustentam desfechos consistentes entre os dados de pacientes que receberam enfortumabe vedotina após avelumabe de manutenção e os dados de pacientes tratados com EV após refratariedade à quimioterapia ou inibidores de checkpoints. Esses resultados fortalecem o EV como 3ª linha terapêutica para pacientes com carcinoma urotelial avançado e refratário à linhas anteriores. 

 

Referências: 

  1. Koshkin VS, Henderson N, James M, et al. Efficacy of enfortumab vedotin in advanced urothelial cancer: Analysis from the Urothelial Cancer Network to Investigate Therapeutic Experiences (UNITE) study. Cancer. 2022.
  2. Nizam A, Jindal T, Jiang CY, et al. Outcomes in patients (pts) with advanced urothelial carcinoma (aUC) treated with enfortumab vedotin (EV) after switch maintenance avelumab (MAv) in the UNITE study. ASCO GU 2024.

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