2 min. de leituraA Dra. Natalia Gandur, chefe do Serviço de Tumores Geniturinários no Instituto de Oncologia Ángel H. Roffo da Universidade de Buenos Aires, pesquisadora principal em Ensaios Clínicos de Câncer Geniturinário e professora de Oncologia, compartilhou três estudos de grande impacto que apresentam resultados promissores para transformar a abordagem terapêutica do câncer de próstata
- Estudo ENZA-p: Lutécio + Enzalutamida A combinação de lutécio com enzalutamida em pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração de alto risco mostrou resultados promissores. Após um acompanhamento de 34 meses, observou-se uma sobrevida global de 34 meses para o grupo que recebeu a combinação, comparado a 26 meses para aqueles tratados apenas com enzalutamida. Isso representa uma redução de 45% no risco de morte. Além disso, a combinação melhorou significativamente a qualidade de vida, com menores índices de dor e fadiga.
- Estudo ARASENS: Impacto da Idade no Tratamento O estudo, com 1.305 pacientes, revelou que a combinação de darolutamida, hormonoterapia e docetaxel proporcionou uma redução de 30% no risco de morte em pacientes com menos de 75 anos e uma redução ainda mais significativa de 39% nos pacientes acima de 75 anos. Esses achados demonstram que a combinação de tratamentos é eficaz independentemente da faixa etária dos pacientes, oferecendo grandes benefícios clínicos para pacientes idosos.
- Estudo ARANOTE: Volume Tumoral e Tratamento com Darolutamida O estudo investigou a eficácia da darolutamida em combinação com hormonoterapia em pacientes com câncer de próstata metastático sensível à castração. Para os pacientes com baixo volume de doença, a combinação mostrou uma redução de 70% no risco de progressão para morte, enquanto nos pacientes de alto volume o risco foi reduzido em 40%. Os resultados também indicaram uma taxa de resposta significativa no controle tumoral e uma excelente tolerância ao tratamento.
Esses estudos oferecem uma nova perspectiva no tratamento do câncer de próstata, com evidências que confirmam que a personalização do tratamento com base em fatores como idade e volume tumoral pode melhorar substancialmente a sobrevivência e a qualidade de vida dos pacientes.
Assista ao vídeo completo para entender como essas novas abordagens podem ser aplicadas na prática clínica.