Avanços no Tratamento do Câncer de Pulmão: Dados Relevantes do Estudo EMPOWER-Lung 1

Direto de San Diego no WCLC, Dr. William William, Líder Nacional de Oncologia Torácica e Co-Líder Nacional de Oncologia de Cabeça e Pescoço, no Grupo Oncoclinicas, apresenta dados inovadores do estudo EMPOWER -Lung 1, com implicações significativas para a prática clínica em oncologia torácica

O estudo multicêntrico EMPOWER-Lung 1 , comparativo de longo prazo entre Cemiplimabe em monoterapia e quimioterapia na primeira linha para pacientes com PD-L1 ≥ 50%, revelou avanços importantes na sobrevida livre de progressão (PFS) e na sobrevida global (OS). As análises realizadas após acompanhamento de 5 anos demonstraram OS mediana de 26,1 meses para o grupo que recebeu Cemiplimabe, em comparação com 13,3 meses para o grupo que recebeu quimioterapia (HR 0,585). Além disso, a PFS mediana foi de 8,1 meses para Cemiplimabe vs. 5,3 meses para quimioterapia (HR 0,500), com uma taxa de resposta objetiva (ORR) de 46,5% para Cemiplimabe versus 20,6% para quimioterapia. Uma melhora ainda mais significativa em pacientes com PD-L1 ≥ 90% podem ser observadas, onde a OS mediana foi de 38,8 meses e a PFS mediana de 14,7 meses.  

Esses resultados destacam o Cemiplimabe como uma opção terapêutica superior na primeira linha para pacientes com PD-L1 ≥ 50%, oferecendo uma melhoria significativa na sobrevida a longo prazo e na duração da resposta.  Outros subgrupos de interesse que apresentaram resultados relevantes foram os pacientes com histologia escamosa e os com metástases em sistema nervoso central. Nos pacientes de histologia escamosa houve uma redução de 50% na mortalidade e 56% no risco de progressão enquanto nos pacientes que apresentaram metástases em SNC a redução no risco de morte foi de 60% e de 66% para progressão. 

Além disso, a adição de quimioterapia após a progressão da doença em pacientes que continuaram com Cemiplimabe mostrou um benefício clínico relevante, sugerindo uma nova alternativa de tratamento para pacientes que progrediram na monoterapia de primeira linha. Este avanço é fundamental para reavaliarmos as estratégias de tratamento para câncer de pulmão e potencialmente redefinir as práticas clínicas atuais. 

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