Estudo SWOG S1216 demonstou associação do aumento dos níveis de biomarcadores ósseos com piores prognósticos relacionados à sobrevida global
O câncer de próstata frequentemente se manifesta com metástases ósseas, resultando em dor e fraturas, o que aumenta a morbidade da doença. O tratamento padrão para tumores metastáticos sensíveis à terapia hormonal (HSPC) envolve terapia de privação androgênica (ADT), que pode favorecer o desenvolvimento de osteopenia e osteoporose. O estudo de fase III, SWOG S1216, expandiu sua coorte e apresentou seus resultados de avaliação do valor prognóstico de biomarcadores de renovação óssea em pacientes com HSPC tratados com ADT, com ou sem Orteronel – inibidor de CYP17.
1279 homens foram elegíveis e a coorte foi dividida randomicamente em coorte treinamento (n=316) e coorte validação (n=633). Do total, 949 pacientes tiveram o soro avaliado do ponto de vista de biomarcadores ósseos no baseline. Os fatores de risco clínicos foram ajustados na coorte validação e os biomarcadores avaliados, tanto de reabsorção óssea quanto de formação óssea, foram estatisticamente associados ao risco de mortalidade aumentado. Como exemplos, temos o C-Telopeptídeo associado a um aumento de 37% no risco de óbito (HR= 1,37; 95%CI: 1,07-1,77) e o pró peptídeo C-terminal do colágeno associado a um risco de 92% no risco de óbito (HR= 1,92; 95%CI: 1,40-2,64).
Adicionalmente às informações de risco, a avaliação do algoritmo mediante combinação dos biomarcadores, permitiu uma estratificação de grupos de risco com diferentes desfechos de sobrevida global (SG), sendo eles: baixo-risco (mediana de SG = 8,2 anos), risco intermediário (mediana de SG = 5,1 anos) e alto-risco (mediana de SG = 2,1 anos).
Em suma, o estudo demonstrou que os biomarcadores ósseos têm alto valor prognóstico no que diz respeito à sobrevida global em pacientes com HSPC tratados com ADT, com ou sem Orteronel, estando o aumento desses parâmetros associados à uma pior sobrevida.
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