O Dr. Claudio Galvão, Oncopediatra Santa Casa de Porto Alegre e Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica, em participação no 61º encontro da Sociedade Americana de Hematologia (ASH) comenta estudo que avaliou a combinação de blinatumomabe e dasatinibe em primeira linha no tratamento de pacientes adultos com LLA.
O estudo ALBA, GIMEMA LAL2116 foi proposto na tentativa de aumentar a taxa de negativação de DRM em Estudo multicêntrico de fase II incluiu pacientes adultos com LLA Ph positiva utilizando a combinação de blinatumomabe e dasatinibe em primeira linha. Teve como objetivo primário alcance de Remissão Molecular Completa (RMC) ou doença positiva não quantificável (PNQ) após pelo menos 2 ciclos de blinatumomabe. Os desfechos secundários incluíram sobrevida livre de doença (SLD), sobrevida global (SG), incidência cumulativa de recaída (ICR) e segurança. Até a apresentação dos dados, 61 pacientes completaram a indução, 55 o 1º ciclo de blinatumomabe, 47 o 2ºciclo, 33 o 3º, 26 o 4º e 17 o 5º. Ao final da indução com dasatinibe, 29,3% apresentaram resposta molecular. No desfecho primário (final do 2º ciclo do blinatumomabe) 56,3% apresentaram resposta molecular. As taxas de respostas moleculares aumentaram ainda mais após os ciclos subsequentes de blinatumomabe: 65,7% após o 3º ciclo e 80% após o 4º ciclo. ABL1A análise mutacional foi realizada em 15 pacientes e todas as mutações, exceto 1, ocorreram antes do início do blinatumomabe e todas foram “eliminadas” pelo blinatumomabe. A SG e o SLD de 12 meses são 94,2% e 87,8%. Um SLD significativamente inferior (61,4%) foi observado nos casos de IKZF1 plus: esses pacientes eram propensos a desenvolver mutações deletérias.
Até o momento, 12 pacientes foram aloenxertos e nenhuma mortalidade relacionada ao transplante foi registrada. Assim, as taxas de respostas moleculares e de sobrevida são promissoras e os pacientes que abrigam IKZF1 plus representam, também nesse cenário, um desafio clínico.
O ASH acontece de 07 a 10 de dezembro de 2019 em Orlando (EUA) e reúne mais de 25 mil profissionais de hematologia de todas as subespecialidades. Acompanhe os destaques do ASH na cobertura da Oncologia Brasil.
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