[VÍDEO] - Câncer de pulmão e a polêmica sobre as terapias para pacientes não fumantes - Oncologia Brasil

[VÍDEO] – Câncer de pulmão e a polêmica sobre as terapias para pacientes não fumantes

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O ASCO apresenta um grande número de resultados de estudos clínicos sobre o câncer de pulmão. Alguns são muito polêmicos e se referem a pacientes não fumantes com mutação driver, submetidos a imunoterapia. Médica oncologista da Rede D`Or e do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT), Dra. Clarissa Baldotto participou de uma sessão conhecida como Clinical Science. Ela constatou que a polêmica reside no fato de que “temos ainda poucos dados disponíveis e esses pacientes não vão muito bem com esse tipo de terapia”.

Um dos trabalhos apresentou uma combinação de crizotinibe com avelumabe e de lorlatinibe com avelumabe. Foi um estudo de fase 1 b que mostrou, no final, que o crizotinibe não é muito seguro. “O número de adventos diversos foi muito alto em combinação com a imunoterapia; o lorlatinibe deve seguir para a fase 2”, explicou. Outro estudo foi a combinação do alectinibe com atezolizumabe, que “também mostrou que é uma combinação segura, e a eficácia parece ser muito parecida com a droga isolada, mas ainda temos que esperar por melhores dados”.

Clarissa também avaliou o estudo IMUNOTARGET, liderado por um grupo francês, que reuniu pacientes com mutações drivers para observar os resultados quando submetidos a imunoterapia. “Esse estudo mostrou que realmente a sobrevida livre de progressão é curta e a taxa de resposta é baixa, exceto para pacientes com tipos específicos de mutações.”

Ainda na Clinical Science, foram apresentados os resultados de um estudo do consórcio entre o MD Anderson e Dana-Farber, que olhou de forma retrospectiva para pacientes com PD-L1 maior que 50% com alta expressão que usaram imunoterapia. “Da mesma forma, esses pacientes não respondem tão bem. A sobrevida livre de progressão foi curta, em torno de dois a três meses”, comentou Clarissa.

Ao concluir, a especialista admitiu que “há muito ainda o que investigar na população de não fumantes e de mutação driver, mas aparentemente precisamos de novas estratégias além do que temos hoje em imunoterapia”.

Assista o vídeo com o Dra. Clarissa Baldotto:


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