Uma grande metanálise apresentada hoje no San Antonio Breast Cancer Symposium 2019 avaliou a importância da carga tumoral residual quanto ao risco de recorrência e análise prognóstica em câncer de mama após quimioterapia neoadjuvante.
Segundo o autor do Symmans, a carga tumoral residual é avaliada por vários fatores como tamanho do tumor primário, porcentagem do tumor invasivo ou in situ e acometimento linfonodal. Uma calculadora pela MD Anderson calcula índice de carga tumoral e assinala uma classificação de resposta patológica completa (RPC), RCB-I (carga mínima), RCB-II (carga moderada), RCB-III (carga extensa).
Nesta metanálise apresentada Symmans e colegas compilaram e analisaram dados de 12 instituições oncológicas ou ensaios clínicos totalizando 5100 pacientes e usando modelos de efeito misto, avaliaram a associação desse índice RCB (Residual Cancer Burden) com sobrevida livre de eventos sobrevida livre de recorrência a distância.
O índice RCB apresentou forte associação com a sobrevida livre de eventos sobrevida livre de recorrência a distância e se mostrou consistente pelas 12 instituições envolvidas e pelos quatro subtipos câncer de mama conforme segue abaixo:
Com estes resultados, a utilização do índice RCB é altamente prognóstica permitindo uma aferição confiável quanto ao risco de recorrência em qualquer subtipo de câncer de mama. É digno ressaltar como limitação do estudo que pela coleta de dados em várias diversas instituições houve variação de métodos clínicas, o manuseio de amostras patológicas e outros possíveis fatores assim como alguns dados em algumas instituições foram obtidas retrospectivamente. Caso padronizado de maneira internacional, a avaliação de carga tumoral residual contribuirá como mais uma ferramenta útil para avaliação prognóstica da terapia neoadjuvante.
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