CheckMate 648: nivolumabe em combinação com quimioterapia ou ipilimumabe no tratamento do carcinoma de células escamosas do esôfago irressecável avançado - Oncologia Brasil

CheckMate 648: nivolumabe em combinação com quimioterapia ou ipilimumabe no tratamento do carcinoma de células escamosas do esôfago irressecável avançado

3 min. de leitura

Neste vídeo, Dr. Tulio Pfiffer (CRM: 109137-SP), oncologista clínico no Hospital Sírio-Libanês, comenta sobre os dados de atualização do estudo clínico CheckMate 648. 

O estudo Check Mate 648 traz atualizações do acompanhamento de pacientes com carcinoma de células escamosas do esôfago (ESCC) irressecável avançado, cujos tumores expressam PD-L1 ≥ 1%, tratados com nivolumabe, em combinação com quimioterapia, contendo fluoropirimidina e platina, ou ipilimumabe, versus quimioterapia isolada, ao longo de 29 meses. O estudo demonstra eficácia superior dos tratamentos baseados em nivolumabe em comparação à quimioterapia isolada.   

Confira o vídeo para análise completa e repercussão clínica dos resultados do estudo! 

 

Na análise primária do estudo clínico CheckMate 648 (NCT03143153), o tratamento de pacientes com carcinoma de células escamosas do esôfago (ESCC) irressecável avançado, cujos tumores expressam PD-L1 ≥ 1%, com nivolumabe (NIVO) em combinação com quimioterapia, e NIVO em combinação com ipilimumabe (IPI) demonstraram uma sobrevida global (SG) superior em relação à quimioterapia isolada, no cenário de primeira linha. Durante a 2023 ASCO GI Cancers Symposium foram apresentados os dados referentes ao acompanhamento de 29 meses deste estudo. 

970 pacientes foram randomizados para NIVO + quimioterapia, NIVO + IPI ou quimioterapia. Com acompanhamento mínimo de 29 meses, NIVO + quimioterapia e NIVO + IPI continuaram a mostrar melhora em sobrevida global vs quimioterapia. Seguem alguns resultados relevantes do estudo: 

  • Mediana de SG (HR; 95% IC): 15 meses (0.59; 0.46–0.76); 13.1 meses (0.62; 0.48–0.80); 9.1 meses para pacientes PD-L1 ≥ 1% tratados com NIVO+quimio, NIVO+IPI ou quimioterapia, respectivamente. E de 12.8 meses (0.78; 0.65–0.93); 12.7 meses (0.77; 0.65–0.92); 10.7 meses para todos os pacientes randomizados tratados com NIVO+quimio, NIVO+IPI ou quimioterapia, respectivamente. 
  • Mediana de SLP (HR; 95% IC): 6.8 meses (0.67; 0.51–0.89); 4.0 meses (1.04; 0.79–1.36); 4.4 meses para pacientes PD-L1 ≥ 1% tratados com NIVO+quimio, NIVO+IPI ou quimioterapia, respectivamente. E de 5.8 meses (0.83; 0.68–1.00); 2.9 meses (1.26; 1.04–1.51); 5.6 meses para todos os pacientes randomizados tratados com NIVO+quimio, NIVO+IPI ou quimioterapia, respectivamente. 
  • Taxa de eventos adversos relacionados ao tratamento: Ocorreu em 96% dos casos, sendo que 49% deles foram de graus 3 ou 4. As taxas de interrupção do tratamento foram de 35% para os pacientes tratados com NIVO + quimio, 19% entre os tratados com NIVO + IPI e 21% no grupo quimio; 
  • Os óbitos relacionados ao tratamento ocorreram em 2% dos casos, em cada um dos grupos; 

Portanto, após um acompanhamento de 29 meses, as combinações de nivolumabe com quimioterapia, contendo fluoropirimidina e platina, com nivolumabe e ipilimumabe continuam trazendo benefícios significativos na sobrevida de pacientes com tumores esofágicos. As respostas objetivas e duráveis em relação aos pacientes que receberam apenas quimioterapia reforçam o uso do tratamento combinado como opção de primeira linha.  

 

Referência:  

  1. Kato et al., 2023. Nivolumab (NIVO) plus chemotherapy (chemo) or ipilimumab (IPI) vs chemo as first-line (1L) treatment for advanced esophageal squamous cell carcinoma (ESCC): 29-month (mo) follow-up from CheckMate 648. 2023 ASCO GI Cancers Symposium. J Clin Oncol 41, 2023 (suppl 4; abstr 290). 

 

Confira a bula de OPDIVO® (nivolumabe) (https://consultas.anvisa.gov.br/#/bulario/q/?nomeProduto=opdivo) 

CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade à substância ativa ou a quaisquer excipientes. 

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: O uso na linha basal de corticosteroides sistêmicos e outros imunossupressores, antes do início de OPDIVO em monoterapia ou em combinação, deve ser evitado. Entretanto, corticosteroides sistêmicos e outros imunossupressores podem ser usados após iniciar OPDIVO para tratar as reações adversas imuno-relacionadas. O uso de imunossupressores sistêmicos após o início do tratamento com OPDIVO não parece comprometer a eficácia de OPDIVO. 

Confira a bula de YERVOY® (ipilimumabe) (https://consultas.anvisa.gov.br/#/bulario/q/?nomeProduto=yervoy 

CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade à substância ativa ou a quaisquer dos excipientes. 

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: O uscontínuo de corticosteroides sistêmicos, antes do início de YERVOY em monoterapia ou em combinação com nivolumabe, deve ser evitado. Entretanto, eles podem ser usados após o início do uso de YERVOY em monoterapia ou em combinação com nivolumabe para tratar as reações adversas relacionadas ao sistema imunológico. Pacientes que necessitarem de terapia anticoagulante concomitante devem ser monitorados cuidadosamente. 

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. USO RESTRITO A HOSPITAIS. SE 

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