Combinação de imunoterapia e terapia-alvo gera benefício importante no tratamento do carcinoma renal metastático
O estudo de fase III JAVELIN Renal 101 mostrou ganho de sobrevida livre de progressão (SLP) em pacientes com carcinoma de células renais (CCR) avançado com a combinação de avelumabe, um bloqueador de checkpoint imune anti-PD-L1, e axitinibe, um inibidor de tirosinaquinase (TKI). Pacientes com CCR metastático e sem tratamento prévio foram randomizados para receber sunitinibe, também um TKI, ou a combinação de axitinibe e imunoterapia.
Os resultados, apresentados na ESMO 2018, realizada em Munique, Alemanha, entre 19 e 23 de outubro, evidenciam um ganho em SLP na população geral do estudo favorecendo o braço com imunoterapia, com medianas de 13,8 e 8,4 meses, para os braços da combinação e de sunitinibe, respectivamente (HR 0,69; p=0,0001). Em análise da população de tumores com expressão de PD-L1, o ganho foi um pouco maior, com medianas de SLP de 13,8 vs. 7,2 meses favorecendo a combinação (HR 0,61; p<0,0001). As taxas de respota também foram maiores no grupo de imunoterapia, com 55,2% vs. 25,5% para o braço de TKI isolado.
Dos 886 pacientes recrutados, 442 receberam avelumabe na dose de 10 mg/kg a cada 2 semanas, juntamente com axitinibe oral 5 mg, 2 vezes ao dia, enquanto os demais foram tratados com sunitinibe 50 mg/dia, em esquema de 4 semanas de uso e 2 de semanas de descanso, a cada 6 semanas, continuamente. A incidência de efeitos colaterais foi muito similar entre os grupos. O prognóstico reservado do CCR metastático impulsiona buscas por novas terapêuticas e a combinação de TKI e imunoterapia mostrou-se promissora nesse cenário.
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