Combinação de niraparibe e pembrolizumabe para câncer de ovário e mama - Oncologia Brasil

Combinação de niraparibe e pembrolizumabe para câncer de ovário e mama

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A combinação de duas imunoterapias, niraparibe e pembrolizumabe, mostrou-se promissora em mulheres com carcinoma de ovário recorrente resistente à platina e com câncer de mama triplo-negativo avançado ou metastático, de acordo com os resultados de dois estudos de fase 2.

No primeiro estudo, TOPACIO/KEYNOTE-162, o Dr. Panagiotis Konstantinopoulos e colegas, do Dana-Farber, avaliaram a taxa de resposta objetiva (ORR) do niraparibe em combinação com pembrolizumabe em 62 mulheres com carcinoma ovariano recorrente resistente à platina. Dessas, três mulheres apresentaram respostas completas; oito, respostas parciais confirmadas; 28, doença estável; 20, doença progressiva; e outras três não eram avaliáveis, resultando em uma ORR de 18% e uma taxa de controle da doença (DCR) de 65%.

Oito mulheres com respostas parciais ou completas tiveram uma duração de resposta superior a seis meses, incluindo quatro cujas respostas foram mantidas por mais de nove meses. Nove mulheres com doença estável receberam tratamento por mais de um semestre, incluindo duas que receberam tratamento por mais de 12 meses. A mediana da sobrevida livre de progressão (SLP) foi de 3,4 meses, com SLP estimada de 31% aos seis meses e 12% aos 12 meses.

No segundo estudo, também parte do TOPACIO, a Dra. Shaveta Vinayak, da Universidade de Washington, e colegas avaliaram ORR, DCR e SLP associados ao niraparibe combinado com pembrolizumabe em 55 mulheres com doença avançada ou metastática. Delas, cinco apresentaram respostas completas; outras cinco, respostas parciais; 13 permaneceram com a doença estável; e 24 tiveram progressão da doença, para uma TRO de 21% e uma DCR de 49%.

Entre todas as pacientes tratadas, a SLP mediana foi de 2,3 meses e a SLP estimada foi de 28% aos seis meses e de 14% aos 12 meses. ORR e SLP mediana pareceram ser maiores em mulheres com mutação tBRCA (47% e 8,3 meses, respectivamente) do que em mulheres com tBRCA de tipo selvagem (11% e 2,1 meses, respectivamente).

As taxas de resposta também foram mais altas em mulheres com tumores positivos para PD-L1 (32%) do que em pacientes com tumores negativos para a proteína (8%).

Os eventos adversos relacionados ao tratamento mais comuns nos dois estudos foram fadiga, náusea, anemia, trombocitopenia e constipação. Os resultados foram publicados on-line no último dia 13 de junho, no JAMA Oncology.

Acesse mais aqui: https://bit.ly/2IsOkTR, https://bit.ly/2L2g2so e https://bit.ly/2Y2qfbO.