Como tratar uma paciente com câncer de mama HER2+ com doença residual após tratamento neoadjuvante? - Oncologia Brasil

Como tratar uma paciente com câncer de mama HER2+ com doença residual após tratamento neoadjuvante?

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Neste vídeo, Dr. Eduardo Vissotto, Oncologista Clínico da Rede D’Or de Brasília, e Dr. José Bines, Oncologista Clínico do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e membro do GBECAM, discutem juntos dois casos clínicos de pacientes com câncer de mama inicial HER2+

Nesta interessante conversa, os especialistas apresentam questões ligadas à prática clínica e dados recentes que possam ilustrar a tomada de decisão, referente a pacientes com câncer de mama inicial HER2+. 

O primeiro caso clínico, apresentado pelo Dr. José Bines, é de uma paciente pós-menopausa, diagnosticada com câncer de mama HER2+ e HR-. O seu tratamento inicial foi neoadjuvante, utilizando o duplo bloqueio de HER2 com trastuzumabe e pertuzumabe, em combinação com quimioterapia. Após a cirurgia, ainda havia uma doença residual pequena, e então a paciente foi tratada com trastuzumabe emtasine (T-DM1), como tratamento adjuvante.  

Já Dr. Eduardo Vissotto relata o caso de uma paciente diagnosticada com carcinoma ductal invasivo HER2+ e HR+. A escolha clínica neste caso também foi o tratamento neoadjuvante, com trastuzumabe e pertuzumabe, em combinação com quimioterapia e terapia hormonal, seguido de cirurgia. Interessantemente, após a cirurgia, houve uma mudança na fenotipagem do tumor, se apresentando HER2- e HR+. Guiado, então, por dados do estudo clínico KAITLIN, Dr. Eduardo continuou o tratamento com T-DM1 e a paciente se apresenta livre de doença até então.  

Os médicos concluem que é adequada a manutenção do tratamento adjuvante com T-DM1, pós neoadjuvância com duplo bloqueio de HER2+, na presença de doença residual, baseando-se na análise inicial de HER2. Para saber mais sobre os casos clínicos e dados apresentados pelos especialistas, assista o vídeo. 

Referências: 

  1. van Ramshorst MS, et al., Neoadjuvant chemotherapy with or without anthracyclines in the presence of dual HER2 blockade for HER2-positive breast cancer (TRAIN-2): a multicentre, open-label, randomised, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2018 Dec;19(12):1630-1640. doi: 10.1016/S1470-2045(18)30570-9. Epub 2018 Nov 6. PMID: 30413379.
  2. Nadia Harbeck et al., Primary analysis of KAITLIN: A phase III study of trastuzumab emtansine (T-DM1) + pertuzumab versus trastuzumab + pertuzumab + taxane, after anthracyclines as adjuvant therapy for high-risk HER2-positive early breast cancer (EBC). DOI: 10.1200/JCO.2020.38.15_suppl.500 Journal of Clinical Oncology 38, no. 15_suppl (May 20, 2020) 500-500. Published online May 25, 2020. 

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