Neste vídeo contamos com a presença do Dr. Marcelo Corassa, médico oncologista e pesquisador clínico na BP, do Dr. Helano Freitas, oncologista torácico e clínico do AC Camargo, e do Dr. Guilherme Harada, médico oncologista do Hospital Sírio Libanês. Nesse episódio, os especialistas discutiram os principais destaques do Congresso Mundial de Câncer de Pulmão (WCLC), abordando os temas mais relevantes e as inovações apresentadas no evento. Acesse e confira na íntegra!
Entre os dias 7 e 10 de setembro de 2024, ocorreu o Congresso Mundial de Câncer de Pulmão (WCLC) em San Diego, Califórnia. A Med.IQ realizou a cobertura do evento, onde tivemos a participação dos especialistas destacando os principais highlights do congresso.
Uma novidade bastante comentada no congresso e discutida pelos especialistas foi o estudo de fase 3 da droga Ivonecimabe, comparada ao Pertuzumabe em primeira linha para pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas e PDL-1 positivo. Os especialistas destacaram os mecanismos de ação dessa nova droga bioespecífica, que já vinha sendo discutida que apresentou resultados surpreendentes, embora com algumas ressalvas devido à comparação com o PDL-1 positivo. Na qual a medicação parece ser manejável e segura, conforme os dados disponíveis sendo uma molécula que faz diferença no cenário de bioespecifico.
Também foi discutido o câncer de pulmão localizado, com foco no novo estudo NeoCost. Este estudo investiga a associação de novos agentes em diferentes braços, testando combinações de tratamento no cenário neoadjuvante e adjuvante. Entre as estratégias avaliadas, destacam-se: braço 1: Combinação de anti-CD73 (Oleclumabe) com Durvalumabe. braço 2: Anti-ANK (Menlizumabe) associado a Durvalumabe e quimioterapia, e Braço 4: Datopotamab Deruxtecan combinado com quimioterapia e Durvalumabe que apresentou resultados notáveis. %. Esses resultados não foram comparados diretamente entre os braços, sendo também foi considerada toxicidade. sendo comentado sobre a análise dos regimes aprovados em 2024 que utilizam imunoterapia tanto no cenário neoadjuvante quanto no pré-operatório. A discussão abordou os estudos CheckMate 816 e CheckMate 77T, destacando suas semelhanças e diferenças.
Em um cenário avançado, os especialistas apresentaram seu ponto de vista sobre o estudo brasileiro Pacific Brasil, um ensaio de fase 2 com braço único, que envolveu pacientes em estágio III, candidatos a quimioterapia e radioterapia. O estudo avaliou a imunoterapia administrada tanto antes quanto durante a radioterapia, resultando em uma sobrevida global positiva de 12 meses, com efeitos colaterais manejáveis. Essa pesquisa destaca a relevância de iniciativas 100% brasileiras.
Sobre tratamentos para doença avançada, foi discutido o uso de drogas conjugadas, como o Ifinatamab Deruxtecan, cujos resultados foram analisados no congresso, mostrando-se uma alternativa promissora para câncer de pulmão de pequenas células. Especialistas apresentaram dados robustos, apontando um cenário otimista. O Sacituzumabe Govitecana, estudado no TROP-03, também demonstrou uma taxa de resposta interessante e já está disponível no Brasil. Além disso, o Talatamebe, um anticorpo conjugado oral, deve ser lançado em breve, trazendo novas opções para o tratamento avançado de câncer de pulmão. Muitas novidades estão previstas para os próximos congressos.
A discussão também abordou o padrão de tratamento do câncer de pulmão no Brasil, tanto em estágios metastáticos quanto nas aprovações para segunda linha. Novos estudos, como os relacionados ao anti-RER-2 e à droga Zongetinibe, apresentaram taxas de resposta promissoras e padrões de toxicidade a serem considerados.
As perspectivas para o cenário de câncer de pulmão são animadoras, com muitos estudos em andamento e avanços significativos no tratamento. Acesse e confira na íntegra!
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