Assista ao vídeo com a análise do Dr. William William, diretor médico do Serviço de Oncologia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, e confira o detalhamento dos resultados, no texto a seguir
Durante o Congresso Mundial da ASCO 2021, foram apresentadas análises exploratórias atualizadas de sobrevida global (SG) e sobrevida livre de progressão (SLP) de, aproximadamente, 5 anos, após o último paciente ter sido randomizado no PACIFIC (NCT02125461).
Trata-se de um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, que avaliou a eficácia de durvalumabe em pacientes com CPNPC estádio III irressecável, cuja doença não havia progredido após quimiorradioterapia concomitante à base de platina.
Os pacientes com status performance 0/1, independente da expressão de PD-L1, cuja doença não progrediu após quimiorradioterapia concomitante (≥ 2 ciclos de sobreposição) foram randomizados na proporção 2:1 (até 42 dias após quimiorradioterapia) para receber 12 meses de durvalumabe (10 mg/kg EV a cada 2 semanas) ou placebo, estratificado por idade (<65 vs ≥65 anos), sexo e histórico de tabagismo. Os desfechos primários foram SG e SLP por revisão central independente cega através de RECIST v1.1 na população com intenção de tratar (ITT).
Resultados:
No geral, 709 dos 713 pacientes randomizados receberam tratamento nos braços durvalumabe (n = 473) ou placebo (n = 236). O último paciente completou o tratamento do estudo em maio de 2017.
Em 11 de janeiro de 2021 (duração média de acompanhamento de 34,2 meses em todos os pacientes), a SG atualizada (HR estratificado 0,72, IC 95% 0,59– 0,89; mediana de 47,5 versus 29,1 meses) e SLP (HR estratificado 0,55, IC 95% 0,45–0,68; mediana de 16,9 versus 5,6 meses) permaneceram consistentes com os resultados das análises primárias.
As taxas de SG aos 60 meses foram de 42,9% e 33,4% com durvalumabe e placebo, respectivamente, enquanto as taxas de SLP para o mesmo período foram de 33,1% e 19,0%.
Os autores concluem que as análises atualizadas de sobrevida, com base na atualização de 5 anos do PACIFIC, demonstram dados robustos e sustentados de SLP e SG. Estima-se que 42,9% dos pacientes randomizados para durvalumabe permanecem vivos em 5 anos e aproximadamente um terço permanece vivo e livre de progressão da doença.
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