Descomplicando a avaliação funcional pré-operatória em pacientes oncológicos - Oncologia Brasil

Descomplicando a avaliação funcional pré-operatória em pacientes oncológicos

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O oncologista clínico Marcelo Corassa e o co-host oncologista Guilherme Harada recebem o Dr. Felipe Marques, pneumologista especialista em doenças intersticiais da BP- A Beneficência Portuguesa de São Paulo

No vídeo, o pneumologista Felipe compartilha insights valiosos sobre a importância da avaliação funcional pré-operatória, destacando o papel crucial do VO2 na estratificação de riscos para pacientes submetidos a cirurgias oncológicas. Ele explica que uma avaliação precisa da capacidade funcional é essencial para assegurar um prognóstico favorável e minimizar o risco de complicações, especialmente porque muitos pacientes apresentam comorbidades que impactam a função pulmonar e cardiovascular.

O especialista aborda como a ergoespirometria se tornou uma ferramenta indispensável, superando métodos mais simples como o shuttle test e os testes de degraus, e oferecendo dados abrangentes sobre a capacidade funcional do paciente. Dr. Felipe enfatiza que um VO2 acima de 20 indica um baixo risco de complicações pós-operatórias, enquanto valores entre 10 e 20 exigem uma análise mais cuidadosa e intervenções, como a preabilitação, que podem ser decisivas para otimizar o estado do paciente antes da cirurgia. 

Ele ilustra sua abordagem com um caso recente, onde um paciente com pneumonectomia prévia apresentou um VO2 de 22, permitindo a realização de uma ressecção bem-sucedida. Além disso, o pneumologista discute a relevância da cessação do tabagismo, que continua sendo um fator de risco predominante, e como a motivação para parar de fumar pode ser maior no contexto do diagnóstico de câncer. 

Os doutores ressaltam como uma avaliação meticulosa e uma abordagem proativa podem impactar significativamente o desfecho dos pacientes oncológicos. Os especialistas destacam que intervenções não farmacológicas, como programas de reabilitação, podem reduzir complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, mostrando que um cuidado multidisciplinar é essencial. 

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