Neste vídeo, Dra. Adriana Scheliga, Hematologista e Oncologista do Grupo Oncoclínicas Rio de Janeiro, comenta sobre os seis principais destaques em leucemia linfocítica crônica, que foram apresentados durante o congresso do ASH 2021. Estes estudos foram selecionados devido a importância deles no cenário da terapia da LLC
A especialista separou três estudos que abordam a terapia em primeira linha para leucemia linfocítica crônica (LLC), e três estudo que abordam a terapia em segunda linha ou linhas subsequentes para pacientes com LLC recidivada/refratária (R/R). O primeiro estudo selecionado, foi o estudo GLOW, um estudo em primeira linha, de fase 3, para idosos ou pacientes unfit para combinação de ibrutinibe com venetoclax em duração fixa vs clorambucil e obinutuzumabe. O estudo demonstrou que os pacientes tratados com terapia fixa, finita, ibrutinibe + venetoclax tiveram maior profundidade de resposta e uma SLP consideravelmente maior. Em 34 meses, os pacientes tiveram 78% menos de chance de progressão e óbito, em comparação com os pacientes tratados com clorambucil e obinutuzumabe.
O estudo GAIA, de fase 3, comparou três combinações diferentes baseadas em venetoclax, finitas e quimioimunoterapia (FCR ou bendamustina + rituximabe) em pacientes fit e virgens de tratamento com LLC. Então, os pacientes foram randomizados para receber quimioimunoterapia (FCR para ≤65 anos; bendamustina + rituximabe [BR] para >65 anos), venetoclax e rituximabe (RVe), venetoclax e obinutuzumabe (GVe), ou venetoclax, obinutuzumabe e ibrutinibe (GIVe). O estudo ainda está em andamento, entretanto, os resultados preliminares mostram que a terapia finita com GVe e GIVe foram superiores em termo de doença residual mínima (DRM) indetectável tanto no sangue periférico quanto na medula óssea em 15 meses, comparados com a quimioimunoterapia. Além disso, o status da DRM indetectável e as taxas de resposta completa foram maiores para GVe e GIVe, particularmente quando comparados com quimioimunoterapia.
SEQUOIA é um estudo de fase 3, global, aberto que randomizou pacientes virgens de tratamento com LLC/linfoma de pequenas células (LPC) sem del (17p) para receber zanubrutinibe, ou bendamustina e rituximabe (BR) (coorte 1). A taxa de fibrilação atrial foi muito baixa nesta coorte, e o zanu mostrou melhora significantes na SLP quando comparado com BR. Houve superioridade também nos pacientes com taxa de resposta global, e a molécula foi bem tolerada. Os dados suportam a potencial utilidade do zanu em pacientes com LLC/LPC virgens de tratamento, em primeira linha.
Em segunda linha, Dra. Adriana destaca a atualização de 3 anos do estudo ASCEND, de fase 3. Este estudo incluiu pacientes com LLC R/R que não poderiam ter doença cardiovascular significante. Os pacientes foram randomizados para acalabrutinibe em monterapia ou idelalisibe (Id) mais rituximabe (R) (IdR) ou bendamustina (B) mais R (BR). O estudo demonstrou que em 3 anos de estudos a eficácia de acalabrutinibe em monoterapia foi mantida, demostrando uma SLP superior em comparação com a imunoquimioterapia neste grupo de pacientes. Acalabrutinibe teve um bom perfil de segurança.
O estudo BRUIN, é um estudo multicêntrico de fase 1/2 que avaliou a monoterapia com pirtobrutinibe (inibidor de BTK)oral em pacientes com LLC que receberam > 2 (até 11) linhas de terapias anteriores. Este estudo incluiu 261 pacientes. O pirtobrutinibe mostrou eficácia promissora nestes pacientes, incluindo pacientes que já tinham recebido inibidores de BTK ou inibidor de BCL-2. Esta é uma medicação bem tolerada, e tem um grande potencial no tratamento de pacientes que progridem, por intolerância ou mutação, aos inibidores de BTK ou BCL-2.
O estudo VISION HO141, de fase 2, também em LLC R/R, que avaliou o ibrutinibe e venetoclax em tempo limitado. Pacientes que tinham DRM indetectável no fim da primeira análise do estudo eram randomizados para observação ou manutenção com ibrutinibe. Este estudo demonstrou que a DRM como um guia para o tratamento com ibrutinibe e venetoclax no cenário de pacientes com LLC R/R é possível e demonstra um benefício de risco favorável, sem nenhum novo sinal de eventos adversos detectado. Nenhum paciente progrediu após a cessação do tratamento, enquanto os pacientes com DRM positiva mantiveram a manutenção do tratamento.
No vídeo, Dra. Adriana faz uma análise completa dos dados dos seis estudos. Vale a pena assistir e conferir o conteúdo completa!
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