Neste vídeo, a Dra. Erika Hamilton, Diretora de Pesquisa do Câncer de Mama e Presidente Executiva do Comitê Executivo de Pesquisa do Câncer de Mama do Sarah Cannon Research Institute (SCRI), traz as atualizações do estudo DESTINY-Breast03 para o tratamento de pacientes com câncer de mama. Os resultados do estudo demonstraram que, após 41 meses de follow-up, o T-DXd segue demonstrando melhor performance terapêutica que o trastuzumabe entansina. Acesse e confira!
A superexpressão de HER2 é uma característica presente em cerca de 15-20% dos tumores de mama. Esse fator molecular permite o direcionamento de terapias com alvo nesse receptor, sendo o pertuzumabe e trastuzumabe associados a taxanos a primeira linha de tratamento em câncer de mama metastático HER2+. Como segunda linha, tem-se atualmente a administração de trastuzumabe deruxtecano (T-DXd) e trastuzumabe entansina (T-DM1), ambos anticorpos conjugados à droga, mas que diferem entre si pelo mecanismo de citotoxicidade sendo o primeiro por um inibidor da topoisomerase I e o segundo por um inibidor de microtúbulo.
Diante de ambas as opções terapêuticas, o estudo DESTINY-Breast03 avalia a eficácia e segurança de T-DXd (n=261) versus T-DM1 (n=263) em pacientes com câncer de mama HER2+ irressecável ou metastático e que progrediram durante ou após tratamento com ao menos um regime anterior com alvo em HER2. Publicado no The Lancet (2023), durante a segunda análise interina a mediana de sobrevida global (SG) não havia sido atingida por nenhum dos braços do estudo.
Após mediana de follow-up de 41 meses, o estudo tem seus resultados apresentados na ASCO 2024. Nessa nova análise, a mediana de SG no braço T-DXd foi de 52,6 meses (48,7-NE) comprado a 42,7 meses (35,4-NE) de T-DM1, com uma taxa de sobrevida global em 36 meses de 67,6% vs. 55,7%, respectivamente. Com relação à sobrevida livre de progressão, essa também se manteve favorável ao T-DXd, com mediana de 29 meses vs. 7,2 meses. Pacientes que receberam trastuzumabe deruxtecano também apresentaram uma resposta mais duradoura com mediana de duração de resposta de 30,5 meses comparado a 17 meses do braço T-DM1.
Com relação aos eventos adversos relacionados ao tratamento, esses foram consistentes com as análises anteriores e relativamente similar entre os braços, cabendo ressaltar que nenhum braço apresentou toxicidades de grau 4 ou 5. No entanto, a doença intersticial pulmonar/pneumonite foram mais incidentes em T-DXd (16,7% vs. 3,4%).
Conjuntamente, os resultados da segunda análise interina do estudo DESTINY-Breast03 reforçam a eficácia de trastuzumabe deruxtecano em detrimento do trastuzumabe emtasina, dado que o primeiro prolongou significativamente a sobrevida global e livre de progressão com um bom perfil de segurança.
Referências:
Alameda Campinas, 579 – Jardim Paulista, São Paulo – SP, 01404-100
CEO: Thomas Almeida
Editor científico: Paulo Cavalcanti
Redatora: Bruna Marchetti
© 2020 Oncologia Brasil
A Oncologia Brasil é uma empresa do Grupo MDHealth. Não provemos prescrições, consultas ou conselhos médicos, assim como não realizamos diagnósticos ou
tratamentos.