Dr. Felipe Moraes, médico oncologista no Hospital Nove de Julho – DASA, comenta neste vídeo sobre sua experiência prática com o manejo da dor do tipo breakthrough – uma dor de difícil tratamento no cenário do controle de sintomas de pacientes oncológicos
A dor oncológica do tipo breakthrough (BTcP), também chamada de dor irruptiva ou dor episódica, é caracterizada por uma exacerbação transitória da dor, que ocorrem em um cenário de dor persistente/crônica controlada. A BTcP pode ser espontânea ou incidental, na qual a crise álgica está associada a um determinado comportamento, e esse comportamento pode ser volitivo, não-volitivo ou procedural. Neste cenário complexo, o tratamento do paciente que apresenta a BTcP é de grande importância para garantir que sua qualidade de vida não seja afetada.
A BTcP é bastante frequente, atingindo cerca de 40% a 80% dos pacientes oncológicos com dor crônica, sendo caracterizada por atingir o pico de dor rapidamente – em torno de 3 minutos. Além disso, outra característica da BTcP é a sua duração média. Caso o episódio não seja tratado a sua duração pode variar de 30 a 60 minutos. O tratamento convencional, utilizando doses fixas de opioides associados com resgates calculados, não é eficiente para o tratamento adequado da BTcP, já que o tempo médio de ação das medicações orais é de 30 minutos. Desta forma, há uma grande necessidade terapêutica não atendida para estes pacientes.
Neste contexto, a apresentação oral transmucosa do citrato de fentanila entra como uma opção viável para estes pacientes. O comprimido oral transmucoso de citrato de fentanila possui um início de analgesia de 5-10 minutos, e uma duração de 1 a 2 horas. Essas características são bastantes interessantes no cenário de tratamento da exacerbação álgica da BTcP. Além disso, as características farmacológicas e farmacodinâmicas do comprimido transmucoso de citrato de fentanila permitem que ele seja utilizado com segurança nos pacientes com BTcP, evitando que esses pacientes sejam expostos a um aumento de analgesia de manutenção desnecessária, levando a um aumento das doses de opioides.
No vídeo, Dr. Felipe apresenta detalhes sobre as características da BTcP e do racional terapêutico para utilização do comprimido oral transmucoso de citrato de fentanila para o tratamento da BTcP, baseado em dados científicos recentes. Confira o conteúdo completo!
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