Durvalumabe consolida-se como novo padrão de tratamento para CPNPC de doença limitada, segundo dados do estudo ADRIATIC - Oncologia Brasil

Durvalumabe consolida-se como novo padrão de tratamento para CPNPC de doença limitada, segundo dados do estudo ADRIATIC

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Neste vídeo, o Dr. William Willam, Líder Nacional de Oncologia Torácica e Co-Líder Nacional de Oncologia de Cabeça e Pescoço, no Grupo Oncoclínicas, comenta sobre o papel da terapia de consolidação com durvalumabe como novo padrão de tratamento do CPNPC de doença limitada. Confira!

Apresentado na sessão oral do European Lung Cancer Congress (ELCC®) 2025, o estudo de fase III ADRIATIC demonstrou que o uso de durvalumabe (D) como terapia de consolidação melhora significativamente a sobrevida global (SG) e a sobrevida livre de progressão (SLP) em pacientes com carcinoma pulmonar de pequenas células (CPNPC) de doença limitada, sem progressão após quimiorradioterapia concomitante (cCRT). Esses achados reforçam o papel do durvalumabe como um novo padrão de tratamento nessa população. 

Os dados apresentados detalharam padrões de recorrência nos pacientes recrutados para o estudo, comparando aqueles que receberam durvalumabe versus placebo. Um dos principais destaques foi a redução significativa da incidência de metástases extratorácicas no grupo tratado com durvalumabe (19,7% vs. 29,7%). Por outro lado, a taxa de recorrência intratorácica foi semelhante entre os grupos (28,0% vs. 29,7%). 

O impacto foi especialmente notável na redução de metástases cerebrais, independentemente do uso de irradiação craniana profilática (PCI). Entre os pacientes que receberam PCI e durvalumabe, a taxa de metástase cerebral foi extremamente baixa (2,8% vs. 6,3% com placebo), sugerindo um efeito protetor robusto quando combinados. Entre os pacientes que não receberam PCI, a incidência de metástases cerebrais também foi menor no grupo durvalumabe (11,5% vs. 19,5%). O tempo mediano para progressão intratorácica ou óbito foi de 37,3 meses com durvalumabe versus 27,6 meses com placebo (HR 0,82; IC 95%: 0,62-1,09). Já o tempo mediano para progressão extratorácica ou óbito foi significativamente prolongado com durvalumabe (HR 0,67; IC 95%: 0,49-0,93). Para metástases cerebrais ou óbito, o HR foi de 0,64 (IC 95%: 0,40-1,01), indicando uma tendência favorável ao tratamento. 

Segundo o especialista, esses resultados corroboram os benefícios do durvalumabe na prevenção de metástases a longa distância e reforçam sua posição como terapia de consolidação no CPNPC de doença limitada. Os resultados do estudo ADRIATIC não apenas confirma o impacto positivo do durvalumabe na sobrevida global, mas também demonstra sua eficácia na redução significativa da incidência de metástases cerebrais, independentemente da PCI, consolidando-o como um novo padrão de tratamento para esses pacientes. 

Com esses achados, durvalumabe continua a se consolidar como uma opção terapêutica essencial para pacientes com CPNPC de doença limitada, oferecendo uma estratégia eficaz para prolongar a sobrevida e reduzir a progressão da doença. 

Acesse e confira na íntegra a análise do Dr. William William. 

Referências: 

Senan, S., et al., Patterns of disease progression with durvalumab (D) after concurrent chemoradiotherapy (cCRT) in limited-stage small-cell lung cancer (LS-SCLC): Results from ADRIATIC. Abstract 297MO. ELCC 2025 Disponível em: https://cslide.ctimeetingtech.com/coasis_21204/attendee/confcal/session/calendar?q=297MO 

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