PREMISE avalia eficácia e segurança da enzalutamida em pacientes com CPRCm em cenário de mundo real - Oncologia Brasil

PREMISE avalia eficácia e segurança da enzalutamida em pacientes com CPRCm em cenário de mundo real

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Enzalutamida pode oferecer mais benefícios aos pacientes com CPRCm que não foram expostos previamente à abiraterona ou quimioterapia

Sabe-se que enzalutamida (ENZA) é um inibidor do receptor androgênico que já demonstrou eficácia e segurança nos pacientes com câncer de próstata resistente à castração metastático (CPRCm) em ensaios clínicos randomizados. O PREMISE (NCT02495974) – um estudo europeu de longo prazo, prospectivo e observacional apresentado no 35º Congresso da European Association of Urology (EAU) 2020 – avaliou a ENZA nesses pacientes agora em um cenário do mundo real.

Os pacientes com CPRCm que receberam ENZA como parte da prática clínica padrão entraram em uma das quatro coortes a seguir:
1) paciente virgem de abiraterona (ABI) e virgem de quimioterapia (QT);
2) uso prévio de abiraterona (pós-ABI), porém virgem de QT;
3) virgem de ABI, mas pós-QT;
4) pós-ABI e pós-QT;

O desfecho primário foi o tempo até a falha do tratamento (time to treatment failure, TTF), definido como o tempo desde o início do tratamento até a descontinuação por qualquer motivo. Os desfechos secundários incluíram tempo livre de progressão do antígeno prostático específico (PSA) e tempo livre progressão da doença. A análise de segurança incluiu eventos adversos emergentes do tratamento (EAETs), modificações de tratamento devido aos eventos adversos (EAs) e morte. Os dados foram coletados em pacientes por até 18 meses.

Um total de 1760 pacientes de 16 países europeus foram inscritos, dos quais 1732 iniciaram o tratamento. Características demográficas de base e a história do paciente foram semelhantes entre as coortes.

O TTF mediano foi mais longo na coorte 1 quando comparado às coortes 2-4, com resultados semelhantes em outros parâmetros secundários. A incidência de EAETs foi maior na coorte 4. Os eventos adversos relacionados ao tratamento foram semelhantes em todas as coortes, sendo fadiga o mais frequente (14–20%). Já o evento adverso mais comum que levou à descontinuação da ENZA foi fadiga (3%) na coorte 1, astenia (5%) na coorte 2 e progressão tumoral nas coortes 3 e 4 (4% e 9%, respectivamente).

Esses dados não selecionados sugerem que a ENZA pode oferecer mais benefícios aos pacientes com CPRCm que não foram expostos à ABI ou à QT.

Referências:
Payne, H et al. 567: A European prospective observational study of enzalutamide (ENZA) in patients with metastatic castration-resistant prostate cancer (mCRPC): PREMISE
European Urology Open Science, 2020, 19 (2): e883-e884.

 

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