Ellen Freitas, Enfermeira do Setor de Quimioterapia do FCECON/AM, Mestre em Ciências Aplicadas à Hematologia e Especialista em Oncologia, e Michelle Artioli, Mestre em Oncologia pelo A.C.Camargo Cancer Center, Membro Titular da ABRENFOH e Coordenadora de Ensino no IDOR de São Paulo, discutem sobre eventos adversos imunomediados no terceiro webinar do Programa Educacional “Enfermagem em Foco: Navegando na Jornada do Câncer de Pulmão”.
Michelle Artioli mostrou as estratégias terapêuticas do câncer de pulmão não–pequenas células, estágio III, irressecável. Durvalumabe, pembrolizumabe, nivolumabe e atezolizumabe são as imunoterapias mais comuns atualmente, com destaque para o durvalumabe, utilizado como primeira linha de tratamento nessa população de pacientes.
Além de falar sobre o conceito de imunoterapia, a enfermeira abordou em sua palestra os diferentes perfis de eventos adversos dependendo do tipo de tratamento. Ela comenta que os eventos adversos imunomediados, por exemplo, podem atingir qualquer órgão, principalmente sistema dermatológico, endócrino, respiratório e gastrointestinal.
Em seguida, Ellen Freitas discutiu o papel da equipe de enfermagem no manejo desses eventos, na avaliação dos exames laboratoriais e na detecção de reações infusionais relacionadas à imunoterapia. Sobre este último tópico, ela destaca, sabe-se que elas podem se apresentar de várias formas, como dispneia, dor torácica, tremores, taquicardia, rubor facial, entre outras. Em qualquer situação, é importante que o paciente e/ou a família avise a equipe de enfermagem.
Em um resumo do evento, as enfermeiras concluem que é importante checar logo no início do tratamento todos os exames de base e manter vigilância constante das alterações relatadas pelos pacientes ou apresentadas nos exames laboratoriais. Além disso, reforçam o papel do enfermeiro oncológico em conhecer as peculiaridades relacionadas a esse tipo de tratamento e educar o paciente e sua família quanto aos possíveis eventos adversos imunomediados. Para elas, prevenir, avaliar e registrar adequadamente todos os sinais é fundamental.
Saiba mais:
Gray, JE et al, Three-Year overall survival with durvalumab after chemotherapy in stage III NSCKC – update from PACIFIC. JTO; 2020, 15(2): 288-293.
Phase II trial combining atezolizumab concurrently with chemoradiation therapy in locally advanced non-small cell lung cancer
https://ascopubs.org/doi/abs/10.1200/JCO.2019.37.15_suppl.8512
Peters, S et al. Safety evaluation of nivolumab added concurrently to radiotherapy in a standard first line chemo-radiotherapy regimen in stage III non-small cell lung cancer-The ETOP NICOLAS trial. Lung Cancer, 2019; 133:83-87.
Wainstein, AJ et al. Diretrizes brasileiras de manejo de toxicidades imunomediadas associadas ao uso de bloqueadores de correceptores imunes. Brazilian guidelines for the management of immune-related adverse events associated with checkpoint inhibitors. Braz J Oncol, 2017. 13(43)
Aggarwal S. Adverse effects of immuno-oncology drugs—Awareness, diagnosis, and management: A literature review of immune-mediated adverse events. Indian J Cancer 2019;56, Suppl S1:10-22
Jin, KT et al. Immune-mediated adverse effects of immune-checkpoint inhibitors and their management in cancer. Immunology Letters, 2020; 221: 61-71
Alameda Campinas, 579 – Jardim Paulista, São Paulo – SP, 01404-100
CEO: Thomas Almeida
Editor científico: Paulo Cavalcanti
Redatora: Bruna Marchetti
© 2020 Oncologia Brasil
A Oncologia Brasil é uma empresa do Grupo MDHealth. Não provemos prescrições, consultas ou conselhos médicos, assim como não realizamos diagnósticos ou
tratamentos.