Durvalumabe Mostra Eficácia e Melhora Sobrevida em Pacientes com Câncer de Pulmão de Pequenas Células em Estágio Limitado: Resultados do estudo ADRIATIC - Oncologia Brasil

Durvalumabe Mostra Eficácia e Melhora Sobrevida em Pacientes com Câncer de Pulmão de Pequenas Células em Estágio Limitado: Resultados do estudo ADRIATIC

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Comentado pelo Dr. Jacob Sands, novo estudo ADRIATIC revela benefícios significativos da imunoterapia, independente do regime de quimiorradioterapia e uso de irradiação craniana profilática

 

A análise interina do estudo ADRIATIC demonstrou que o uso de durvalumabe, em comparação ao placebo, como terapia de consolidação após quimiorradioterapia, resultou em uma melhora significativa na sobrevida global (OS) e na sobrevida livre de progressão (PFS) em pacientes com câncer de pulmão de pequenas células em estágio limitado (LS-SCLC). Apresentado no Congresso ESMO 2024, este estudo fornece evidências robustas para a utilização da imunoterapia em diferentes subgrupos de pacientes. 

Os dados mostraram que o durvalumabe oferece benefícios significativos, independentemente do uso de irradiação craniana profilática (PCI) e do regime de quimioterapia ou radioterapia utilizado. Na análise dos subgrupos: 

  1. Subgrupo PCI-Yes (receberam PCI): 
  • A mediana de OS no grupo durvalumabe não foi alcançada (NR), enquanto foi de 42,5 meses no grupo placebo. 
  • As taxas de OS em 3 anos foram de 62,1% no grupo durvalumabe, em comparação com 56,5% no grupo placebo. 
  • A razão de risco (HR) foi de 0,75, sugerindo uma tendência de melhora na sobrevida com durvalumabe, ainda que sem significância estatística. 
  1. Subgrupo PCI-No (não receberam PCI): 
  • A mediana de OS foi de 37,3 meses no grupo durvalumabe, comparado a 24,1 meses no grupo placebo. 
  • As taxas de OS em 3 anos foram de 50,2% no grupo durvalumabe e 37,3% no grupo placebo. 
  • O HR foi de 0,71, indicando um benefício estatisticamente significativo com durvalumabe. 
  1. Análise Intention-to-Treat (ITT): 
  • A mediana de OS foi de 55,9 meses para o grupo durvalumabe, contra 33,4 meses no grupo placebo, com HR de 0,73, reforçando o benefício da imunoterapia. 

Além disso, as análises por regime de radioterapia (administrada uma ou duas vezes ao dia) e por tipo de quimioterapia (cisplatina ou carboplatina) confirmaram a superioridade do durvalumabe em termos de OS e PFS. Pacientes tratados com durvalumabe também apresentaram maior sobrevida livre de progressão, com benefícios consistentes entre diferentes subgrupos. 

Os resultados do estudo ADRIATIC destacam o papel importante do durvalumabe na consolidação do tratamento de LS-SCLC, promovendo melhor sobrevida, tanto para pacientes que receberam PCI quanto para aqueles que não receberam. Segundo o Dr. Jacob Sands, esses dados reforçam o impacto positivo da imunoterapia, apontando para a possibilidade de um tratamento mais eficaz para essa população de pacientes. 

 

Referências:  

Senan S, et al. Durvalumab (D) as consolidation therapy in limited-stage SCLC (LS-SCLC): Outcomes by prior concurrent chemoradiotherapy (cCRT) regimen and prophylactic cranial irradiation (PCI) use in the ADRIATIC trial. ESMO Congress 2024, LBA81  

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