Dr. Andre Mattar, Diretor do Núcleo de Mastologia do Hospital da Mulher e Mastologista do Grupo Oncoclínicas-SP, compartilha os resultados do estudo INSEMA, apresentado no San Antonio Breast Cancer Symposium de 2024
O especialista apresenta o estudo INSEMA, publicado na New England Journal of Medicine, que envolveu mais de 5 mil mulheres com câncer de mama. As participantes foram randomizadas para dois grupos: um para tratar a axila e outro para não tratar. A randomização foi feita na proporção de 1 para 4, ou seja, para cada mulher que não tratava a axila, quatro tratavam. Caso o linfonodo sentinela fosse positivo, com até 3 linfonodos comprometidos, as pacientes passavam por uma nova randomização para avaliar se seria necessário fazer um esvaziamento axilar completo ou apenas acompanhamento. No entanto, os resultados dessa segunda randomização ainda não foram apresentados.
Uma das conclusões mais relevantes do estudo foi que, em termos de intervalo livre de doença e recorrência local, não houve diferença entre as pacientes que tiveram a axila tratada e aquelas que não tiveram. Isso significa que, do ponto de vista da resposta ao tratamento, esvaziar a axila completamente ou optar por não fazer nada não resultou em menos recidiva do câncer. Essa descoberta é importante porque sugere que, em alguns casos, a cirurgia axilar invasiva pode ser desnecessária, sem comprometer os resultados do tratamento.
O estudo INSEMA, juntamente com outro estudo randomizado, indica que a omissão da cirurgia axilar pode não afetar negativamente o intervalo livre de doença, a recorrência local e, possivelmente, a sobrevida global das pacientes. Esses resultados sugerem que a cirurgia axilar, tradicionalmente considerada uma parte importante do tratamento, pode ser evitada em muitas pacientes, sem prejuízo para sua saúde, o que representa uma possível mudança no manejo do câncer de mama.
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