Estudo KRISTINE avalia tratamento neoadjuvante de pacientes com câncer de mama precoce HER2+ na pré-menopausa - Oncologia Brasil

Estudo KRISTINE avalia tratamento neoadjuvante de pacientes com câncer de mama precoce HER2+ na pré-menopausa

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Dra. Débora Gagliato, Oncologista Clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo (BP), comenta os resultados da sub-análise do KRISTINE, apresentado no 2020 San Antonio Breast Cancer Symposium 

quimioterapia citotóxica (QT) em combinação com trastuzumabe e pertuzumabe (HP) é o tratamento padrão para pacientes com diagnóstico de câncer de mama precoce HER2+ (CMi). Embora altamente eficaz, a toxicidade é um desafio. 

O estudo, lembra a médica, envolveu pacientes com câncer de mama receptor hormonal positivo (RH+) HER-2 positivo (HER2+) para tratamento neoadjuvante com docetaxel + carboplatina + trastuzumabe + pertuzumabe (TCHP) versus trastuzumabe emtansine (T-DM1) combinado à pertuzumabe (KP). Os pacientes receberam seis ciclos de tratamento neoadjuvante seguido de terapia adjuvante (KP ou HP). Aqueles no braço KP foram autorizados a receber QT padrão adjuvante. 

taxa de resposta patológica completa (pCR) foi significativamente menor com KP versus TCHP e mais pacientes tiveram progressão da doença antes da cirurgia com KP, resultando em uma taxa de sobrevida livre de eventos significativamente mais baixa (85,3%) versus o controle (94,2%). 

Os resultados também indicaram que amenorreia relacionada ao tratamento (TRA) foi observada em 55% das pacientes tratadas com TCHP em comparação com 30% tratadas com KP. Em pacientes com CMi RH+, TRA ocorreu em 62% com TCHP versus 35% para KP. Naquelas com CMi RH-, TRA foi observada em 42% com TCHP versus 21% com KP. Para mulheres com idade ≤ 40, a taxa de TRA foi de 38% com TCHP versus 17% com KP. Naquelas com > 40 anos, TRA foi observada em 74% das tratadas com TCHP versus 39% daquelas com KP. 

De acordo com a oncologista, o estudo mostrou que a amenorreia relacionada ao tratamento com trastuzumabe emtansine mais pertuzumabe é menor do que na combinação docetaxel + carboplatina + trastuzumabe + pertuzumabeAlém disso, as taxas de TRA são mais altas em mulheres com mais de 40 anos para cada grupo de tratamento e KP está associado a uma taxa mais baixa de TRA em cada faixa etária. 

 

Referência: 

Hurvitz SA, et alTreatment-related amenorrhea with T-DM1 plus pertuzumab (KP) is lower than with docetaxel/carboplatin/trastuzumab/pertuzumab (TCHP) in the phase III neoadjuvant KRISTINE triaL. Abstract PD12-06. Presented at: 2020 Virtual San Antonio Breast Cancer SymposiumDecember 8-11, 2020.  

 

 

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