Estudo mostra a atividade de nivolumabe com ou sem ipilimumabe em sarcoma avançado - Oncologia Brasil

Estudo mostra a atividade de nivolumabe com ou sem ipilimumabe em sarcoma avançado

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No estudo fase II Alliance A091401, reportado no The Lancet Oncology, os pesquisadores D’Angelo e outros encontraram evidência da atividade da combinação de nivolumabe e ipilimumabe em sarcoma avançado.

Detalhes do Estudo
A investigação compreendeu dois estudos não-comparativos e randomizados, fase II, nos quais um total de 85 pacientes elegíveis de 15 localidades nos Estados Unidos foram randomizados entre agosto de 2015 e março de 2016 para receber nivolumabe em uma dose de 3mg/kg a cada 2 semanas (n = 43) ou nivolumabe em doses de 3mg/kg + ipilimumabe em 1 mg/kg a cada 3 semanas por 4 doses (n = 42), com todos os pacientes em monoterapia de nivolumabe, 3mg/kg a cada 2 semanas por até dois anos.

Os pacientes deveriam possuir ao menos uma lesão mensurável; evidência da doença metastática, localmente avançada ou irresecável; tinham, também, que ter recebido ao menos uma linha anterior de terapia sistêmica. O endpoint primário foi a resposta objetiva nos primeiros 76 pacientes (38 de cada grupo).

Taxas de Resposta
A taxa de resposta objetiva foi confirmada em 2 (5%) dos 38 pacientes do grupo que recebeu nivolumabe como monoterapia, e em 6 (16%) dos 38 pacientes do grupo que recebeu a combinação. As respostas no grupo da combinação foram observadas em pacientes com leiomiosarcoma uterino (n = 1), leiomiosarcoma não uterino (n = 1), mixofibrosarcoma (n = 1), sarcoma pleomórfico indiferenciado ou histiocitoma fibroso maligno (n = 2), e angiosarcoma (n = 1). Essas respostas foram observadas no período de 1.3 a 4.4 meses após o início do tratamento e tiveram duração mediana de 6.2 meses.

Eventos adversos
Os eventos adversos mais comuns, de grau igual ou maior a 3, foram: anemia (10%); baixo número de linfócitos (7%); e desidratação, lipase aumentada, dor, água na pleura, dificuldades respiratórias, neoplasia secundária benigna e obstrução do trato urinário (5% cada) entre 42 pacientes no grupo de nivolumabe, e anemia (19% dos pacientes), baixa pressão sanguínea (10%) e dor e infecção do trato urinário (7% cada) entre 42 pacientes do grupo de nivolumabe + ipilimumabe.

Eventos adversos severos relacionados ao tratamento ocorreram em 19% do grupo de nivolumabe e 26% do grupo da combinação, inclusive anemia, anorexia, desidratação, diminuição da contagem de plaquetas, diarréia, fadiga, febre, aumento de creatinina, aumento da alanina aminotransferase e aspartato aminotransferase, hiponatremia, dor, água na pleura, e prurido. Nenhuma morte relacionada ao tratamento foi observada.

Os pesquisadores concluíram que “Nivolumabe apenas não garante um estudo posterior em uma população com sarcoma não selecionada, dado a eficácia limitada. A combinação de nivolumabe e ipilimumabe demonstrou uma eficácia promissora em certos subtipos de sarcoma, com um perfil de segurança de manejo comparável às opções de tratamento disponíveis no momento […] está garantida uma avaliação futura de nivolumabe + ipilimumabe em um estudo randomizado”, comentaram.

O estudo foi realizado através dos fundos americanos da Alliance Clinical Trials in Oncology, do National Cancer Institute Cancer Therapy Evaluation Program, Cycle for Survival, e pela farmacêutica Bristol-Myers Squib.

Fonte.

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